A atriz francesa Brigitte Bardot faleceu neste domingo, dia 28, aos 91 anos. A confirmação foi feita por sua fundação, que atua em prol do bem-estar animal.
Bardot ganhou fama mundial nas décadas de 1950 e 1960, destacando-se por suas atuações carismáticas e por um estilo único que encantou o público. Ela decidiu abandonar a carreira de atriz na década de 1970 e mudou-se para Saint-Tropez, na Riviera Francesa, onde se dedicou a causas ligadas aos animais por meio de uma fundação com seu nome.
Infância em Paris
Brigitte Bardot nasceu em 28 de setembro de 1934, em Paris. Vinda de uma família de classe média, seu pai, Louis Bardot, era industrial, poeta e cineasta amador, enquanto sua mãe, Anne-Marie, tinha interesse por moda e ballet. Brigitte compartilhou a infância com sua irmã, Marie-Jeanne, e desde cedo teve uma educação rigorosa, embora privilegiada, que incluía viagens e uma forte influência nas artes.
Aos 14 anos, Brigitte começou a trabalhar como modelo, tendo sido destacada por seu talento e beleza excepcionais. Em 1948, sua mãe a apresentou a Jean Barthet, um renomado designer de chapéus, que a convidou para um desfile. A partir daí, a jovem modelo apareceu em diversas revistas de moda, ganhando notoriedade especialmente ao ser capa da Elle aos 15 anos.
De modelo a atriz
A transição de Brigitte para a atuação aconteceu quando ela tinha 16 anos, ao ser convidada para uma audição de um filme por Marc Allégret. Embora não tenha conseguido o papel, conheceu Roger Vadim, um diretor que mais tarde se tornaria seu marido. Os pais se opuseram ao relacionamento, mas Brigitte ficou firme em sua decisão.
Ela e Vadim se casaram em 21 de dezembro de 1952, em uma cerimônia tradicional. Logo depois, Brigitte começou a conquistar seu espaço nas telonas. O filme “E Deus criou a Mulher”, lançado em 1956, foi um marco em sua carreira, tornando-a uma estrela internacional e símbolo sexual da época.
A produção, que contava a história de uma jovem rebelde em uma cidade pequena, foi um sucesso estrondoso, tanto na França quanto nos Estados Unidos, onde quebrou recordes de arrecadação. Durante as filmagens, Brigitte teve um breve relacionamento com seu parceiro de cena, Jean-Louis Trintignant, o que resultou em seu divórcio com Vadim.
Ícone da moda e da feminilidade
Brigitte se tornou um ícone de estilo, inspirando muitas jovens da época com suas roupas e cabelo. Suas poses se tornaram referência na moda e sua imagem influenciou diversos artistas. A pensadora Simone de Beauvoir reconheceu Bardot como uma figura impactante, embora criticasse como sua imagem estava frequentemente atrelada às expectativas masculinas.
Alguns de seus filmes mais memoráveis incluem “A Verdade”, que foi indicado ao Oscar, e “O Desprezo”, que consolidaram ainda mais sua fama. Bardot também se destacou como cantora, colaborando com Serge Gainsbourg, e foi o rosto oficial de Marianne, símbolo da liberdade na França, de 1969 a 1972.
Aposentadoria e ativismo
Depois de alguns filmes nos anos 1970, Brigitte decidiu se afastar da carreira. Em 1987, criou a Fundação Brigitte Bardot, dedicando-se integralmente à causa animal. Em sua vida pessoal, ela se casou novamente em 1992 e tornou-se uma figura controversa na política, expressando opiniões em várias questões sociais ao longo dos anos.
Sua trajetória foi marcada por incidentes de polêmica, principalmente por declarações sobre temas sensíveis. Com uma carreira que abrangeu 45 filmes e mais de 70 canções, Bardot é reconhecida como um dos maiores ícones do cinema francês.
Em 2023, quando uma cineasta expressou interesse em fazer uma série sobre sua vida, Brigitte, já reclusa em sua propriedade em Saint-Tropez, manifestou surpresa com a continuidade do interesse do público por ela, afirmando que gostaria de ser deixada em paz após tantos anos longe das câmeras.
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