Cientistas da Colossal Biosciences, uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos, conseguiram ressuscitar uma espécie de lobo que foi extinta há mais de 10 mil anos, os lobos terríveis. Essa espécie é famosa por ter inspirado os lobos da Casa Stark na série de televisão “Game of Thrones”. As novidades sobre essa importante conquista foram compartilhadas no dia 7 de abril de 2024.

    Os primeiros lobos terríveis que nasceram, dois machos, foram nomeados Remus e Romulus. Esses nomes fazem referência aos lendários irmãos que fundaram a cidade de Roma, que, segundo a mitologia, foram alimentados por uma loba. Além deles, nasceu também uma filhote fêmea chamada Khaleesi, em homenagem à popular personagem da série, interpretada pela atriz Emilia Clarke. A filhote, que tem três meses, poderia atrair ainda mais a atenção dos fãs da série.

    Na trama de “Game of Thrones”, os lobos terríveis representam a Casa Stark. Um dos momentos marcantes da primeira temporada é quando Lord Eddard Stark encontra seis filhotes de lobo que perderam a mãe. Ele adota os filhotes e os presenteia a seus filhos, que logo os veem crescer e se tornar imponentes.

    ### Como Eles Foram Trazidos de Volta?

    O processo de “desextinção” dos lobos terríveis começou em 2021. Uma equipe de cientistas conseguiu recuperar DNA de fósseis dessa espécie. Com o uso de tecnologia avançada de edição genética, os pesquisadores da Colossal modificaram 20 genes de lobos cinzentos para incorporar características dos lobos terríveis. Depois disso, criaram embriões a partir das células alteradas e os implantaram em mães substitutas. Esse procedimento resultou no nascimento dos novos exemplares.

    Chris Mason, professor de genômica, fisiologia e biofísica da Weill Cornell Medicine e um dos cofundadores da Biotia, destacou que essa conquista representa um avanço importante na biotecnologia. Ele explica que as tecnologias utilizadas para trazer os lobos terríveis de volta à vida também podem ser aplicadas para ajudar a salvar espécies ameaçadas, como outros mamíferos. Para Mason, esse feito é uma demonstração do potencial da biotecnologia em preservar tanto espécies extintas quanto as que ainda existem.

    A Colossal Biosciences também fez uma observação relevante sobre a genética dos lobos terríveis. Embora eles se assemelhem visualmente a lobos cinzentos e chacais atuais, possuem uma linhagem genética única. Enquanto lobos cinzentos e chacais podem ter descendentes híbridos com outras espécies de canídeos, não existem evidências de cruzamentos entre os lobos terríveis e outras espécies na natureza.

    Essa pesquisa e os avanços na área de biotecnologia abrem novas possibilidades para o futuro da conservação e da biodiversidade. A ressurreição de uma espécie extinta marca um momento inovador e simboliza o potencial de recuperação de outras espécies que enfrentam a extinção. Essa história chama a atenção para a importância da ciência na preservação do nosso planeta e na proteção da vida animal.

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