Empresas de calçados como Nike, Adidas, Under Armour e Puma estão se mobilizando para pedir ao governo dos Estados Unidos a isenção de taxas de importação sobre seus produtos. Elas enviaram uma carta ao governo, destacando que as taxas, aplicadas principalmente a produtos fabricados na Ásia, podem aumentar os preços dos calçados no mercado americano.

    No documento, que foi enviado na terça-feira, 29 de abril de 2025, as empresas afirmam que essas tarifas representam uma “ameaça existencial” para seus negócios. Elas ressaltam que, se a situação não mudar, pode ser necessário fechar operações nos Estados Unidos. As marcas indicam que, sem a isenção das tarifas, teriam que transferir a produção para o território americano, o que exigiria um investimento financeiro considerável e um planejamento de longo prazo para ajustar suas cadeias de suprimentos.

    O impacto dessas tarifas não afeta apenas as empresas, mas também trabalhadores e consumidores americanos. As marcas alertam que se a atual situação persistir, tanto os trabalhadores na indústria de calçados quanto os consumidores poderão sofrer com o aumento dos preços.

    A maior parte da produção das empresas de calçados acontece em países da Ásia, onde os custos de matérias-primas e mão de obra são mais baixos. Entre os países mais recorrentes para a fabricação de calçados, estão Vietnã, China e Indonésia, com tarifas de importação que variam entre 32% e 145%. Essas tarifas são parte de uma política implementada pelo governo anterior e são alvo de críticas por parte das empresas.

    As marcas enfatizam que estão enfrentando uma emergência, que requer atenção urgente do governo. Além das fábricas no exterior, a indústria de calçados também gera muitos empregos nos Estados Unidos, principalmente nas áreas de design, marketing e distribuição.

    Atualmente, as novas tarifas estão suspensas até o dia 8 de julho, com exceção daquelas aplicadas à China. Esse congelamento foi anunciado pelo governo em abril, em resposta à pressão de outros países. Durante esse período, as empresas estão pagando uma taxa temporária de 10% sobre os produtos importados.

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