Pedro Bial, jornalista e escritor, está lançando um novo livro chamado “Isabel do vôlei da vida: a onda mais alta de Ipanema”. A obra é uma homenagem a Isabel, uma atleta carioca que faleceu inesperadamente em 2022. Recentemente, Bial compartilhou detalhes de sua experiência pessoal durante um videocast, onde falou sobre a morte de sua mãe, Susanne Bial, que ocorreu em julho, logo após ela completar 101 anos.

    Bial refletiu sobre como a busca pela história de Isabel se entrelaçou com a sua própria vivência. Ao descrever o ambiente de Ipanema e as influências que Isabel enfrentou, ele percebeu que estava narrando partes de sua vida. O jornalista enfatizou que a escrita é uma experiência que envolve não apenas a mente, mas também o coração e as emoções. Para ele, a literatura não deve se prender a regras rígidas; é um espaço para a expressão sincera e emotiva.

    Durante a conversa, Bial mencionou que a morte de Isabel sempre será uma perda recente, pois foi uma partida precoce. Ele viveu a dor da perda de sua mãe ao mesmo tempo, que já havia manifestado seu desejo de partir. Juntos, eles discutiram maneiras de lidar com sua situação, pois sua mãe não estava mais desfrutando a vida e passava por dificuldades relacionadas à idade avançada.

    A situação de sua mãe levou Bial a considerar a possibilidade de um suicídio assistido na Suíça, que é uma opção legalizada naquele país. No entanto, essa ideia não se concretizou. Em vez disso, a família optou por cuidados paliativos, buscando garantir que ela tivesse uma morte digna. Quando sua mãe contraiu pneumonia, a decisão foi não utilizar antibióticos, permitindo que a natureza seguisse seu curso.

    Bial refletiu sobre a necessidade de discutir abertamente temas como a morte e como desejamos nos despedir da vida. Esses questionamentos são relevantes para todos, especialmente em uma época em que a medicina moderna pode prolongar a vida, mas nem sempre proporciona qualidade à experiência de viver.

    Em suas palavras, Bial ressaltou que, apesar do desejo de viver por muito tempo, é essencial considerar como queremos enfrentar o fim da vida, uma questão que, segundo ele, nunca deve ser tratada como algo abstrato. Ele destacou que mesmo aqueles que desejam partir podem sentir um grande medo diante da morte.

    Com esse relato, Bial convida o público a pensar sobre o ciclo da vida e a morte, abordando o tema de uma forma que toca a esfera emocional de todos nós. Suas experiências pessoais e reflexões trazem à tona a complexidade e a importância da conversa sobre como viver e como morrer com dignidade.

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