Alocar parte do capital em investimentos em renda fixa é importante tanto para investidores conservadores quanto para moderados e arrojados que querem diversificar a carteira e trazer mais equilíbrio.

    Nesse cenário, alguns dos investimentos mais procurados são os títulos do Tesouro Direto, que podem se encaixar em diferentes estratégias de investimento, desde que alinhados ao perfil e aos objetivos do investidor.

    A questão é que a plataforma do Tesouro Direto oferece vários tipos de títulos e, à primeira vista, isso pode causar confusão nos investidores. Afinal, em qual tipo de título do Tesouro Nacional vale mais a pena investir? É essa a pergunta que queremos responder com este artigo.

    Neste conteúdo, apresentaremos os diferentes tipos de títulos do Tesouro Direto, como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, e destacaremos suas características, seus prazos, os riscos envolvidos e as formas de rendimento.

    Apesar de informativo, este conteúdo não constitui uma recomendação de investimento.

    Tesouro Selic: características, liquidez e momentos indicados para investimento

    O Tesouro Selic é um título do Tesouro Direto indexado à Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Sua rentabilidade é, portanto, pós-fixada.

    É um investimento de curto prazo, com alta liquidez, indicado para quem quer construir uma reserva de emergência e/ou tem objetivos de curto prazo e precisa que o investimento seja facilmente convertido em dinheiro.

    Esse título do Tesouro Direto sofre menos impacto das oscilações naturais do mercado e conta com isenção da taxa de custódia para aplicações de até R$10.000,00. Quando a Selic está alta, seus rendimentos aumentam, sendo esse o melhor momento para investir.

    Tesouro Prefixado: potencial de retorno e riscos associados

    O Tesouro Prefixado, como o próprio nome já diz, tem sua rentabilidade fixa, determinada no momento do aporte. Há duas modalidades, a do tesouro Prefixado com juros semestrais e a com pagamento integral no vencimento.

    O Tesouro Prefixado com pagamento de juros semestrais é uma alternativa interessante para quem pretende a geração de renda passiva. No entanto, é preciso levar em conta os riscos envolvidos: o de inflação, já que a rentabilidade é fixa e não está atrelada a esse índice, e o risco de mercado, visto que se houver venda antes do vencimento, pode haver perdas caso a taxa de juros suba após a compra.

    Tesouro IPCA+: proteção contra inflação e adequação a objetivos de longo prazo

    O Tesouro IPCA+, por sua vez, é um título híbrido, com parte da rentabilidade prefixada e outra pós-fixada, indexada ao IPCA, considerado o índice oficial da inflação no Brasil.

    É um investimento de longo prazo, capaz de manter o poder de compra do dinheiro investido por estar atrelado ao IPCA. Por isso, é utilizado por quem pretende acumular patrimônio e outros objetivos de longo prazo, como, por exemplo, a compra de um imóvel.

    Tal qual o Tesouro Prefixado, o Tesouro IPCA+ também conta com a modalidade de pagamento em juros semestrais ou em uma parcela única no vencimento.

    Comparativo entre os tipos de títulos para diferentes perfis de investidor

    Devido à alta liquidez e à baixa volatilidade, o Tesouro Selic é muito interessante para quem tem objetivos de curto prazo, como a construção de uma reserva de emergência.

    Para investidores que têm objetivos de médio prazo, como a compra de um imóvel ou uma viagem internacional, o Tesouro Prefixado ou o IPCA+ são os mais indicados, porque têm uma volatilidade mais alta e apresentam vantagens nesse prazo.

    Já se o objetivo do investidor for de longo prazo (como a aposentadoria ou o custeio dos estudos dos filhos), o Tesouro IPCA+ é uma das melhores opções, já que é capaz de proteger o poder de compra contra a inflação.

    Estratégias de diversificação e combinação de títulos no Tesouro Direto

    Para quem quer diversificar a carteira, uma boa solução é combinar diferentes títulos do tesouro Direto, visando a alcançar objetivos distintos.

    Vale a pena, por exemplo, diversificar entre prefixados e pós-fixados. É possível combinar o Tesouro Prefixado com Tesouro Selic e Tesouro IPCA+ para proteger o investimento contra variações de mercado e inflação, equilibrando previsibilidade e segurança.

    Também pode ser interessante combinar prazos variados, investindo em títulos com diferentes vencimentos (curto, médio e longo prazo) para garantir liquidez e aproveitar oportunidades de mercado sem precisar resgatar antecipadamente os títulos mais longos, reduzindo riscos de perdas em vendas antecipadas.

    Deve-se alocar os ativos conforme perfil e necessidade de retorno. Investidores conservadores podem priorizar Tesouro Selic e IPCA+, enquanto os mais arrojados podem incluir maior proporção de prefixados buscando ganhos mais altos, mas com maior volatilidade. Assim, é recomendável rebalancear o portfólio periodicamente, pois isso ajuda a manter o equilíbrio entre risco e retorno ao longo do tempo.

    Imagem: freepik.com

    Rafaela Madureira Leme

    Graduada em Computação pela UFRJ, Rafaela Madureira Leme atua como redatora sênior no AdOnline.com.br aos 25 anos. Dev frontend e entusiasta de UX, traz sua experiência em design e programação para o conteúdo digital.