O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destacou a situação do Rio Grande do Sul como um exemplo da necessidade de adaptação ao clima no Brasil. Os investimentos em infraestrutura para aumentar a resistência das cidades gaúchas, que sofreram com fortes temporais em abril e maio de 2024, podem servir de modelo para outras partes do país que enfrentam desastres climáticos.

    Nos meses de abril e maio, o estado foi atingido por chuvas intensas, resultando em mais de 180 mortes e afetando milhões de pessoas. Muitos bairros de cidades gaúchas ficaram alagados, e o governador Eduardo Leite descreveu os eventos como o “maior desastre da história do Estado”. Diante desse cenário, o BNDES se uniu ao governo estadual para criar o Projeto RioS, que tem como foco a resiliência e a preparação para situações climáticas extremas.

    Maria Fernanda Ramos Coelho, diretora de Crédito Digital do BNDES, afirmou que o que aconteceu no Rio Grande do Sul serve como uma lição importante para outros estados. Ela enfatizou que as ações do Projeto RioS podem informar estratégias de resiliência em outras regiões do Brasil que enfrentam problemas semelhantes. Segundo ela, a experiência adquirida com este projeto pode ser replicada em outros locais, fortalecendo a governança sobre questões climáticas e a priorização de investimentos em infraestrutura que ofereçam proteção contra desastres.

    Em 2024, o BNDES também atuou de forma emergencial, disponibilizando R$ 28 bilhões para ajudar 469 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. Desse total, R$ 19,4 bilhões foram destinados a mais de 8.000 operações de crédito, com 59% do valor direcionado a micro, pequenas e médias empresas. Além disso, foi suspensa a exigência de pagamento de R$ 5,3 bilhões em parcelas de empréstimos para mais de 72.000 contratos.

    Agora, o BNDES foca em apoiar os órgãos públicos na prevenção e adaptação a eventos climáticos extremos. O Projeto RioS é inovador no Brasil, pois abrange toda a região hidrográfica do Guaíba, que foi duramente afetada, e se propõe a mitigar os impactos de futuras catástrofes. Essa área é composta por 252 municípios que se encontram em situação de alta vulnerabilidade.

    O projeto prevê a realização de diagnósticos, modelagens de riscos climáticos e a utilização de tecnologias avançadas para o planejamento urbano. Além disso, será elaborado um portfólio de projetos de infraestrutura que buscam aumentar a resiliência das comunidades locais frente a eventos climáticos adversos.

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