O deputado Guilherme Boulos, do PSOL, fez uma crítica contundente ao colega de bancada, Nikolas Ferreira, sobre uma proposta que visa conceder anistia a pessoas presas em razão dos atos ocorridos em 8 de janeiro, quando houve uma invasão ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto por manifestantes. Boulos afirmou que essa proposta não tem compaixão ou intenção humanitária, mas sim uma estratégia política voltada a proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante uma discussão na Câmara dos Deputados, Boulos ressaltou que a anistia parece ser uma tentativa de isentar Bolsonaro de responsabilidade por suas ações. A ala que defende essa medida alega que a anistia é uma forma de promover a paz e a reconciliação no país. No entanto, Boulos respondeu que essa argumentação é infundada e que, na verdade, a proposta serve para proteger os interesses de uma minoria política, em vez de priorizar o interesse público.
Boulos também chamou atenção para a necessidade de investigar e responsabilizar os verdadeiros culpados pelos eventos de janeiro, ressaltando que anistiar essas pessoas enviaria uma mensagem equivocada à sociedade, ignorando os danos causados e a importância da responsabilização.
Esse debate aponta para um momento delicado na política brasileira, onde questões relacionadas ao respeito às instituições e à democracia estão em pauta. A proposta de anistia tem gerado divisões não só entre os partidos, mas também no seio da sociedade, refletindo tensões sobre como o país deve lidar com os eventos do passado recente. Boulos, com sua fala, busca mobilizar seu posicionamento e chamar a atenção do público para a importância de não negligenciar a responsabilidade política.