Entre 2022 e 2024, as escolas estaduais de São Paulo lidaram com um aumento preocupante nos casos de bullying, além do consumo de álcool, tabaco e drogas. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que foi aprovado em 2024, mostrou que essas questões praticamente dobraram nesse período. Isso revela muitos desafios importantes para a segurança e o bem-estar dos alunos.

    O levantamento indica que as ocorrências de bullying passaram de 4.739 para 9.270. Já os casos de consumo de álcool e tabaco saltaram de 4.877 para 9.525. O uso de drogas ilícitas teve um crescimento ainda maior, subindo de 2.087 para 4.655 registros. Esses números mostram a urgência em se implementar estratégias mais eficazes de prevenção e combate a esses problemas dentro das escolas.

    O que provocou a alta nos casos registrados nas escolas estaduais?

    O aumento dos casos de bullying e consumo de substâncias nas escolas é resultado de vários fatores. Um dos principais é a falta de profissionais qualificados, como psicólogos e orientadores, que são essenciais para ajudar a mediar conflitos e oferecer apoio aos alunos. O relatório do TCE destaca que o programa Conviva SP, que visa a criação de um ambiente escolar mais seguro, enfrenta dificuldades na contratação e distribuição desses profissionais.

    Além disso, as escolas estão lidando com um número crescente de alunos por psicólogo, o que dificulta o atendimento personalizado. Muitas unidades ainda não contam com serviços sociais, o que torna a situação ainda mais complicada. A boa notícia é que modernizar os sistemas de registro de ocorrências tem facilitado a notificação, ajudando as instituições a ficarem mais atentas a esses problemas.

    Quais estratégias as escolas adotam para enfrentar o bullying e o uso de drogas?

    Para enfrentar esse aumento nos incidentes, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo tomou algumas medidas. Entre elas, a contratação de mil vigilantes para a Ronda Escolar e o crescimento do número de professores e psicólogos nas escolas. Há atualmente 633 profissionais dedicados ao programa “Psicólogos nas Escolas” e um número semelhante de professores responsáveis pela orientação de convivência.

    Aqui estão algumas das estratégias em ação:

    • Capacitação de equipes escolares: O treinamento contínuo prepara os profissionais para identificar e lidar com situações de risco de forma mais eficaz.

    • Integração de sistemas: A modernização no registro de ocorrências permite respostas mais rápidas e eficientes, facilitando a comunicação entre diferentes órgãos.

    • Promoção de uma cultura de respeito: Orientadores trabalham diariamente para conscientizar os alunos sobre a importância do diálogo e da convivência pacífica, algo que todo mundo poderia usar mais no dia a dia, não é?

    Quais obstáculos existem para assegurar a segurança nas escolas?

    Apesar dos esforços, muitos desafios ainda persistem. O número de alunos por psicólogo continua acima do desejável, o que limita a atenção individual quando necessário. Para piorar, muitas escolas ainda carecem de serviços sociais, impossibilitando um suporte eficaz em casos de vulnerabilidade. A dificuldade para preencher vagas de professores orientadores prejudica ainda mais a prevenção e a intervenção nessas situações.

    Além disso, crescem outros tipos de ocorrências, como acidentes e o tráfico de drogas, além da venda de álcool e tabaco dentro das instituições. Tudo isso reforça a necessidade de políticas públicas mais integradas e de investimentos contínuos em recursos humanos e infraestrutura nas escolas.

    Quais são as principais tendências para os próximos anos?

    O cenário atual e os dados sugerem uma urgência em fortalecer os programas de prevenção e aumentar o suporte psicológico e social nas escolas. A integração de dados e a capacitação constante das equipes devem ganhar cada vez mais importância. Monitorar os indicadores e ajustar as políticas públicas será crucial para reverter o aumento das ocorrências e promover um ambiente escolar mais seguro para todos os estudantes — quem passa por isso sabe como isso é fundamental!

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