Os cardeais da Igreja Católica se reuniram no Vaticano para escolher o novo papa, após a morte do papa Francisco, em 21 de abril. A cerimônia de abertura do conclave começou na quarta-feira, dia 7 de maio de 2025, com a participação de 133 cardeais com direito a voto. Eles permanecerão isolados até que um novo líder religioso seja eleito, completando assim o processo que selecionará o 267º pontífice.
Pela manhã, às 5 horas, tempo de Brasília, os cardeais celebraram uma missa antes da votação. Durante a homilia, o cardeal decano Giovanni Battista Re fez um apelo para que os cardeais buscassem orientação divina na escolha do novo papa. Às 11h30, eles se reuniram na capela Paulina para rezar e depois caminharam até a capela Sistina, onde prestaram juramento de sigilo sobre o que acontece no conclave.
Assim que o juramento foi feito, o cardeal decano anunciou a saída de todos os não participantes do conclave e trancou a capela para que a votação pudesse começar. A expectativa era que a primeira rodada de votos fosse concluída por volta das 14 horas. Para que um cardeal seja eleito papa, são necessários dois terços dos votos. Não há limite para o número de votações, e os cardeais continuarão votando até que um consenso seja alcançado.
O processo de votação será bastante rigoroso. A cada rodada, as cédulas são queimadas para indicar o resultado: fumaça preta significa que não houve eleição, enquanto fumaça branca indica que um novo papa foi escolhido. Os cardeais votarão quatro vezes ao dia a partir do segundo dia de conclave, com duas votações pela manhã e duas pela tarde.
Para manter a privacidade e o foco no processo, cerca de 200 quartos foram preparados nas casas de hóspedes do Vaticano. As janelas dos quartos também foram fechadas para evitar distrações exteriores. Durante o conclave, a capela Sistina não estará aberta ao público.
Entre os cardeais que são considerados favoritos para suceder Francisco, o italiano Pietro Parolin é um dos principais nomes. Ele, que tem 70 anos e é o secretário de Estado do Vaticano, presidirá o conclave. Outros nomes como Pierbattista Pizzaballa, Matteo Zuppi e Fernando Filoni também têm chances significativas. Na corrida também temos o filipino Luis Antonio Gokim Tagle e o cardeal Fridolin Ambongo, da República Democrática do Congo, que pode se tornar o primeiro papa negro.
Na ala conservadora da Igreja, o húngaro Peter Erdo é uma figura forte. Há outros nomes sendo especulados, mas qualquer um dos 133 cardeais poderá se tornar o novo papa. Quando um cardeal for eleito, ele escolherá um nome papal e será anunciado ao público com as palavras “Habemus Papam”, que significa “Temos um papa”.
O conclave não tem um prazo fixo; ele pode ocorrer em poucos dias ou se prolongar por semanas. No passado, alguns conclaves se estenderam significativamente, com a eleição mais longa levando quase três anos. Após a escolha, o novo papa será apresentado ao público em uma cerimônia solene na Praça de São Pedro, marcada por grande expectativa entre os fiéis e autoridades.