No último domingo, dia 6 de abril de 2025, a deputada federal Carol de Toni, do partido PL de Santa Catarina, participou de uma manifestação em São Paulo ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ato foi realizado na Avenida Paulista e teve como foco a defesa da anistia para pessoas presas em consequência dos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando houve uma tentativa de invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília.
Durante seu discurso, Carol de Toni afirmou que “jamais existiu qualquer tentativa de golpe”, contestando as acusações dirigidas a pessoas envolvidas nos eventos de janeiro. A deputada expressou sua convicção de que a manifestação daquele dia foi pacífica e que as condenações de vários indivíduos, que, segundo ela, nunca tiveram problemas com a justiça antes, representam uma injustiça. “O Brasil e o mundo sabem a realidade; o que temos visto é uma verdadeira iniquidade por parte da mais alta Corte do país”, afirmou a deputada, fazendo referência ao papel do Supremo Tribunal Federal (STF) nas condenações.
Ela ainda comentou sobre o caso de Cleriston Pereira da Cunha, um homem que foi preso por sua participação nos atos de janeiro e que faleceu na Penitenciária da Papuda em Brasília em novembro de 2023. Segundo informações, Cleriston teve um problema de saúde durante o banho de sol e, apesar do socorro prestado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não sobreviveu. Carol relatou que Cleriston era uma pessoa sem antecedentes criminais, e lamentou sua condenação a penas longas, chegando a criticar o sistema judiciário ao mencionar que criminosos de maior gravidade estão sendo beneficiados. Ao lado da esposa de Cleriston, que estava presente na manifestação, a deputada destacou o sofrimento da família.
A manifestação de domingo foi a quinta organizada por Jair Bolsonaro desde que deixou a Presidência. As mobilizações têm atraído diferentes números de participantes ao longo do tempo, demonstrando o apoio contínuo de seus seguidores. O último grande ato ocorreu em março, na praia de Copacabana, onde cerca de 26 mil pessoas se reuniram.
Essa manifestação foi especialmente significativa, pois foi a primeira após Jair Bolsonaro ser formalmente acusado de tentativa de golpe, junto com outros aliados. Este contexto político traz uma série de desdobramentos e implicações para os envolvidos, e muitos observadores estão atentos às consequências futuras para os líderes e manifestantes relacionados aos eventos de janeiro.
