Na segunda-feira, dia 7 de abril de 2025, o principal índice de futuros da bolsa japonesa, conhecido como Nikkei 225, registrou uma queda significativa, levando à ativação de um mecanismo chamado “circuit breaker”. Esse recurso é utilizado para suspender temporariamente as negociações na bolsa, especialmente em momentos de grandes oscilações nos preços das ações. Essa queda acentuada ocorreu em meio a uma elevada taxa de 24% sobre as exportações do Japão para os Estados Unidos, fruto das políticas tarifárias do então presidente norte-americano Donald Trump.
O “circuit breaker” é uma medida de segurança que serve para evitar que o mercado entre em colapso durante períodos de instabilidade intensa. No Brasil, a bolsa de valores, chamada B3, possui um sistema similar, que pode ser acionado em três etapas diferentes.
A primeira etapa é acionada quando o principal índice brasileiro, o Ibovespa, sofre uma desvalorização de 10% em relação ao fechamento do pregão anterior. Nessa situação, as negociações são interrompidas por 30 minutos. Se, após essa pausa, a queda continuar e atingir 15%, a B3 implementa a segunda etapa, suspende as operações por uma hora. Por fim, se o Ibovespa registrar uma queda de 20%, a bolsa terá a opção de prolongar a suspensão por um tempo adicional, que será decidido conforme as circunstâncias.
Esses mecanismos de interrupção não são aplicados nos últimos 30 minutos da sessão de negociação. Caso uma paralisação ocorra na última hora do pregão, o encerramento das atividades pode ser atrasado por até 30 minutos, permitindo que o mercado reabra e as operações continuem sem novas interrupções.
Voltando ao caso da bolsa japonesa, o Nikkei 225 caiu 7%, acumulando uma queda total de 9% na semana anterior, atingindo seu menor nível desde março de 2020. A negociação dos futuros foi temporariamente parada devido a essa forte desvalorização, que ativou o “circuit breaker”. Essas quedas acentuadas refletem os efeitos da incerteza econômica e as reações do mercado às políticas internacionais.
