Em 2021, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, registrou aproximadamente 30.892 fraudes por mês. Esse número aumentou significativamente e, em 2022, subiu para 136.882 fraudes mensais. Em 2023, o total alcançou 216.046 fraudes. Os dados mais recentes mostram que, em 2024, as notificações de fraudes superaram a média de 390 mil por mês. Apenas em janeiro de 2025, foram registradas 324.752 notificações de fraudes.
Essas notificações representam cerca de 0,007% do total de transações do sistema desde abril de 2023. Em janeiro daquele ano, o Pix registrou um impressionante volume de 5,682 bilhões de transações. As fraudes notificadas incluem solicitações feitas por instituições financeiras para devolução de valores que podem ter sido transferidos em razão de golpes e estelionatos.
As fraudes são definidas pelo Banco Central (BC) como transações que ocorreram devido a um golpe, sem autorização do pagador, ou que foram feitas sob coerção. O BC não comentou sobre o aumento das fraudes no Pix até o momento.
Diante do aumento das fraudes, o Banco Central tem adotado novas medidas de segurança. Um dos novos recursos, chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), começará a funcionar em outubro de 2025 e permitirá que os usuários solicitem devoluções de maneira mais fácil, sem a necessidade de entrar em contato com os bancos. Desde 2021, outras medidas de segurança foram implementadas, como limites para transferências noturnas e um período mínimo para aprovação de aumentos de limites.
Em 2022, o BC realizou uma fiscalização ampla sobre a abertura de contas digitais, preocupando-se com o uso indevido dessas contas para a lavagem de dinheiro por meio do Pix. Como resultado, um sistema de compartilhamento de dados sobre fraudes foi criado, abrangendo não apenas o Pix. No final de 2022, foi estabelecido um limite de R$ 200 para transações via Pix em dispositivos não cadastrados, com um teto diário de R$ 1.000 para essas transferências.
Além de aprimorar as medidas de segurança, o setor financeiro defende a aplicação de punições severas. Grandes bancos estão propondo banir por cinco anos clientes que emprestam contas para atividades criminosas, exceto para receber salários e benefícios do governo. Existe também a demanda por punições individuais para os dirigentes de instituições com maior número de fraudes, visando incentivar a implementação de mais ferramentas de segurança.
Essas iniciativas refletem a preocupação com a segurança das transações financeiras no Brasil e o esforço para tornar o uso do Pix mais seguro para todos os usuários.
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