Após declarar publicamente que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Gilvan da Federal, do PL do Espírito Santo, fez uma retratação e pediu desculpas em um discurso no plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira, dia 9 de abril. Em suas palavras, ele reconheceu que havia “exagerado” e afirmou que, como cristão, não deveria desejar o mal a ninguém.
Gilvan disse: “Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo acreditando que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso, deveria pagar por tudo que ele fez de mal ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas”.
As declarações que geraram polêmica ocorreram na terça-feira, 8 de abril, durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, enquanto estava em discussão um projeto de lei que tratava do desarmamento dos seguranças do presidente Lula e dos ministros. Gilvan, que era relator do projeto, fez suas declarações contundentes em meio ao debate.
Ele expressou suas opiniões de forma intensa, dizendo: “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra. Que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Mas tomara que tenha um ataque cardíaco. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando o nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. E que andem desarmados. Não quer desarmar o cidadão de bem? Que ele ande com o seu segurança desarmado”.
Após essa declaração, na quarta-feira, o deputado Lindbergh Farias, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, protocolou uma queixa-crime no Conselho de Ética da Casa, além de encaminhar uma denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR). Esse incidente pode ainda ser levado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) também tomou medidas, enviando uma notícia de fato à Polícia Federal e à PGR, pedindo que sejam tomadas as providências legais necessárias contra o deputado. A situação está sendo acompanhada de perto, considerando a gravidade das declarações feitas por Gilvan.
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