A laringite estridulosa é uma das principais causas de emergência pediátrica, especialmente no inverno. Ela afeta mais as crianças entre 3 meses e 5 anos e pode deixar os pais preocupados com os sintomas que surgem. O Dr. Daniel Becker, um pediatra conhecido, explica que, apesar de ser uma condição que pode assustar, ela raramente traz riscos graves quando bem tratada.
O Dr. Becker é formado pela UFRJ, tem um histórico robusto na pediatria e já contribuiu com iniciativas importantes de saúde. Hoje, ele é uma referência no assunto, participando de programas de TV e colaborando com instituições como UNICEF e OMS. Com sua experiência, ele traz alívio para muitas famílias que enfrentam essa situação.
O que é a laringite estridulosa e por que acontece no inverno?
A laringite estridulosa, também chamada de crupe espasmódico, é uma inflamação viral da laringe. Ela acontece principalmente nos meses mais frios, quando vírus respiratórios, como o parainfluenza e o vírus sincicial respiratório, estão mais ativos. Esses vírus causam inchaço e espasmo na laringe, resultando em sintomas que podem assustar os pais, como a tosse seca e metálica, conhecida como “tosse de cachorro”.
Outro detalhe importante é o estridor inspiratório, que é um som agudo que a criança faz ao tentar respirar. Isso ocorre por causa do estreitamento das vias aéreas, diferente de condições como asma, em que o chiado é ouvido na expiração. Para quem vive essa situação, o som pode causar pânico, mas entender o que está acontecendo ajuda a lidar melhor com isso.
Por que o ar frio alivia imediatamente os sintomas?
Uma técnica bastante eficaz é a exposição ao ar frio. Isso funciona porque, ao respirar ar gelado, ocorre uma vasoconstrição que diminui o inchaço na laringe, facilitando a respiração. Em países mais frios, é comum que os pais levem as crianças para fora em temperaturas baixas, sempre bem agasalhadas, para aliviar os sintomas.
No Brasil, você pode emular esse tratamento usando um freezer. Basta posicionar a criança perto do freezer aberto, de forma que ela respire o ar gelado por alguns minutos, enquanto o corpo fica bem aquecido. Essa abordagem simples pode proporcionar alívio quase imediato e é uma ótima opção para usar em casa antes de buscar ajuda médica, especialmente em casos mais leves.
Como o vapor quente complementa o tratamento da laringite?
Outra opção de tratamento em casa é a terapia com vapor. O vapor quente ajuda a hidratar as vias aéreas, tornando a respiração mais confortável. Criar um ambiente quente e úmido no banheiro, por exemplo, pode ser muito benéfico. Você pode levar a criança para o banheiro, com a água quente do chuveiro, e ficar lá por 10 a 15 minutos. Isso alivia não só os sintomas, mas também ajuda na recuperação da laringe inflamada.
Alternar entre o ar frio e o vapor quente é uma estratégia que muitos pais podem usar para evitar idas desnecessárias ao pronto-socorro. Essa sequência ajuda a manter o desconforto sob controle.
Quando é necessário usar corticoides nebulizados?
Em casos mais sérios ou que se repetem, o pediatra pode indicar o uso de corticoides nebulizados. Medicamentos como a budesonida ajudam a reduzir o inchaço na laringe de forma mais eficaz. É fundamental que essa medicação seja prescrita por um médico, pois não é algo que deve ser usado sem orientação.
O nebulizador deve ser do tipo convencional, pois assim libera partículas do tamanho adequado para o tratamento. Estar preparado com essa opção pode minimizar a ansiedade dos pais e proporcionar alívio mais rápido quando necessário.
Quais sinais indicam necessidade de atendimento médico urgente?
Apesar de a maioria dos casos de laringite estridulosa melhorar com o tratamento em casa, existem sinais que não devem ser ignorados. Se você notar que a criança apresenta cianose (coloração azulada), dificuldade respiratória intensa ou estridor mesmo em repouso, é importante buscar atendimento médico imediatamente. Esses sinais podem indicar um quadro mais grave.
No hospital, o tratamento pode incluir nebulização com adrenalina, que ajuda a relaxar as vias aéreas, ou corticoides injetáveis para casos que não melhoram com o tratamento inicial. Em raras situações, a intubação pode ser necessária. Por isso, reconhecer os sinais de gravidade é crucial para a segurança da criança.
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