O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira (29) em queda de 0,31%, fechando a R$ 5,6306. Essa é a oitava queda consecutiva da moeda americana no mercado brasileiro. Mesmo com um crescimento do dólar em outros lugares do mundo e uma queda significativa nos preços do petróleo, o real se valorizou, chegando a atingir uma mínima de R$ 5,6210 durante o dia. Nos últimos oito pregões, o dólar já acumulou uma desvalorização de 4,40%, saindo do patamar de R$ 5,80 para o atual.
Neste mês de abril, a moeda norte-americana teve uma queda geral de 1,31%, totalizando uma redução de 8,89% desde o começo do ano. Essa situação vem gerando um fluxo positivo de investimento estrangeiro na bolsa de valores brasileira e em títulos de renda fixa. Analistas observam que essa valorização do real se deve à mudança de investimentos globais, especialmente com incertezas na economia dos Estados Unidos, onde os investidores estão tentando redirecionar seus recursos para outros mercados mais promissores.
O Brasil tem atraído a atenção de investidores por seu mercado de ações que está sendo considerado descontado e por ter uma taxa de juros alta, com expectativas de que o Banco Central aumente a Selic em uma próxima reunião. Isso torna o mercado brasileiro interessante para operações conhecidas como “carry trade”, que envolvem ganhar com diferenças nas taxas de juros entre os países.
No exterior, o dólar registrou uma pequena valorização em relação a uma cesta de moedas fortes, mas, em termos mensais, ainda apresenta uma queda de mais de 4%. Durante o dia, o dolar caiu em relação ao peso colombiano e ficou estável em relação ao peso mexicano, ao passo que subiu diante do peso chileno e do rand sul-africano.
Entre os indicadores econômicos, foi divulgado que, nos Estados Unidos, a abertura de novos postos de trabalho caiu para 7,192 milhões em março, um número abaixo do esperado. Também foi registrado um recuo no índice de confiança do consumidor, diminuindo de 92,9 para 86.
Abraçando o cenário de negócios, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva que oferece alívio para montadoras em relação a tarifas sobre automóveis e reportou que continua em negociações com países como Índia e Austrália.
Além disso, o índice B3, conhecido como Ibovespa, atingiu sua sétima alta consecutiva, fechando em leve alta de 0,06%, aos 135.092,99 pontos, com um volume significativo de R$ 22,9 bilhões em transações. O índice, que se aproximou de sua máxima histórica, teve um crescimento impulsionado pela adoção de investimentos de maior risco pelos gestores de carteira, complementado pela redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Pequim, por sua vez, suspendeu uma tarifa de 125% sobre as importações de etano dos EUA, e, antes do fechamento dos mercados, a Casa Branca também anunciou uma nova medida que evita a sobreposição de tarifas em automóveis e suas peças.
Esse cenário reflete um ambiente de mudanças e oportunidades no mercado financeiro, tanto local quanto internacional.
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