Brigitte Bardot: Icone do Cinema e Defensora dos Animais

    Brigitte Bardot, a lendária atriz francesa, teve um papel fundamental na transformação da imagem feminina no cinema. Com seu estilo único, ela ajudou a popularizar tendências, como sapatilhas de ballet e blusas estilo marinheiro, que se tornaram símbolos da mulher francesa moderna e desprendida.

    Mesmo após se afastar das telas na década de 1970, Bardot dedicou sua vida à defesa dos direitos dos animais. Ao longo de sua carreira, ela acumulou uma fortuna significativa, que provém não apenas dos royalties de seus filmes, mas também de livros, músicas e direitos autorais de suas obras. Parte de seus bens está concentrada no setor imobiliário, incluindo a famosa mansão La Madrague, localizada em Saint-Tropez. Este imóvel, adquirido no final da década de 1950, é um dos mais icônicos da Riviera Francesa e já despertou interesse de várias personalidades famosas.

    Além de La Madrague, Brigitte possuía outros imóveis na região, cuja soma total é estimada em cerca de US$ 8 milhões, ou aproximadamente R$ 44 milhões. Entretanto, seu único herdeiro, Nicolas-Jacques Charrier, pode não conseguir herdar grande parte desse patrimônio. A atriz pode ter destinado boa parte de sua fortuna para manter a Fundação Brigitte Bardot, que atua na proteção animal e em ações de resgate e combate a maus-tratos. Há relatos de que a própria mansão foi hipotecada para arrecadar fundos para essa causa.

    No campo pessoal, Brigitte teve um relacionamento complicado com seu filho, Nicolas, nascido em 1960, fruto de seu casamento com o ator Jacques Charrier. Após a separação, Nicolas foi criado pela família paterna. Embora os dois tenham se reconciliado em 1996, a relação sempre foi marcada por dificuldades. Bardot declarou em entrevistas que nunca se viu capaz de exercer o papel de mãe, afirmando: “Não fui feita para ser mãe. Adoro animais e crianças, mas nunca fui adulta o suficiente para cuidar de uma criança.”

    Ao longo da vida, Brigitte Bardot se casou quatro vezes, com Roger Vadim, Jacques Charrier, Gunter Sachs e, desde 1992, com Bernard d’Ormale. Apesar de seus casamentos, ela também viveu intensos romances com personalidades como o cantor Sacha Distel e o ator Warren Beatty. Bardot sempre buscou a paixão em relacionamentos, revelando que quando a chama se apagava, ela rapidamente tomava a decisão de partir.

    Após sua aposentadoria do cinema em 1973, Bardot se tornou uma proeminente ativista pelos direitos dos animais. Em 1986, fundou sua própria organização, que se dedica a resgatar animais em situações de risco e promover campanhas de esterilização. Como vegetariana convicta, ela fez doações significativas para ajudar animais abandonados, como cães de rua em Bucareste.

    Apesar de sua atuação humanitária, Bardot também se envolveu em controvérsias. Em 2004, foi condenada por incitação ao ódio racial e seu apoio a figuras políticas de extrema direita gerou debates sobre sua figura pública. A amiga próxima Marie-Dominique Lelièvre descreveu Bardot como alguém que “desafia qualquer definição”.

    Brigitte Bardot faleceu aos 91 anos, deixando um legado que vai além do cinema, marcando a história tanto na arte quanto na luta pelos direitos dos animais. A figura da atriz continua relevante, sendo lembrada por sua beleza, estilo e ativismo.

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