Funcionário de Trump menciona possível “acordo” com a China “em breve”

Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou recentemente que um acordo sobre tarifas entre os Estados Unidos e a China deverá ser alcançado em breve. Ele fez essas declarações durante uma entrevista e destacou que as tarifas atualmente em vigor não são viáveis para nenhum dos países.

Atualmente, os Estados Unidos impõem uma tarifa de 145% sobre os produtos que vêm da China. Em resposta, a China também implementou uma tarifa de 125% sobre os produtos americanos. Bessent enfatizou que essas taxas são excessivamente altas e indicou que tanto os Estados Unidos quanto a China reconhecem a necessidade de uma solução. Segundo ele, os presidentes Donald Trump, dos EUA, e Xi Jinping, da China, possuem uma “relação muito boa”, o que pode facilitar negociações futuras.

No contexto da política comercial de Trump, houve mudanças constantes nas tarifas aplicadas a múltiplos países. Essa instabilidade causou incertezas nos mercados globais. Em abril de 2025, Trump começou a implementar uma nova série de tarifas. Em 2 de abril, decidiu aumentar as tarifas para a China de 104% para 145%, após a retaliação da China às tarifas americanas.

Os detalhes sobre essa sequência de tarifas mostram um jogo de respostas entre os dois países. Por exemplo, no início de fevereiro, Trump havia aplicado uma tarifa de apenas 10% à China, mas a situação escalou rapidamente, levando a aumentos sucessivos. Entre os dias 4 e 9 de abril, as tarifas passaram de 34% para 125%, com cada lado retaliando as decisões do outro.

É importante notar que, apesar de algumas nações, como o Japão e os membros da União Europeia, terem visto um alívio nas tarifas, o Brasil, que já tinha uma taxa mínima de 10%, não obteve mudanças. Esse contexto revela como as relações comerciais estão se tornando cada vez mais tensas entre as potências globais, refletindo também em índices financeiros, como o da Bolsa de Xangai, que têm registrado quedas significativas em 2025.

A situação atual aponta para a necessidade de um diálogo mais construtivo entre os países para evitar consequências econômicas ainda mais graves.