Os descontos nas aposentadorias e pensões dos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começaram em 2016. Desde então, os valores desviados aumentaram de forma significativa, especialmente nos anos de 2023 e 2024. Para se ter uma ideia, em 2016, o desvio foi de aproximadamente 413 milhões de reais. Já em 2023, esse número saltou para 1,2 bilhão de reais e, em 2024, chegou a 2,8 bilhões de reais.

    Uma das coincidências intrigantes nesse caso é que o início dos desvios ocorreu logo após a mudança na lei que retirou a obrigatoriedade do imposto sindical. Sem essa fonte de recursos, muitos sindicatos buscaram alternativas de financiamento, possivelmente através de práticas ilegais, contando com o auxílio de certos políticos e de funcionários do INSS.

    Os indícios de envolvimento de políticos nesse esquema se tornaram mais evidentes em 2019. Naquele ano, o governo, sob a presidência de Jair Bolsonaro, lançou uma medida provisória que exigia um recadastramento anual dos descontos das aposentadorias para os sindicatos. Essa iniciativa tinha como objetivo dificultar a corrupção dentro do INSS. No entanto, políticos de diferentes segmentos, incluindo aqueles da oposição, conseguiram alterar a proposta, adiando sua eficácia para 2021.

    Em 2021, essa regra foi mais uma vez prorrogada para 2022. No entanto, em 2022, a proposta foi completamente rejeitada, e a lei que havia sido criada para coibir fraudes no INSS nunca entrou em vigor. Com a eliminação da obrigatoriedade do recadastramento, a corrupção relacionada aos descontos nas aposentadorias aumentou consideravelmente em 2023 e 2024. Essa sequência de eventos levanta questionamentos sobre possíveis coincidências na política brasileira, deixando a população alerta sobre a gestão dos recursos públicos.

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