Na terça-feira, dia 8 de outubro, o deputado federal e ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção. Sua saída resultou na desocupação de uma vaga na Câmara dos Deputados, o que afetou diretamente o deputado Ivan Junior, que havia assumido a suplência há apenas dois meses.

    Ivan Junior, do partido União (MA), tomou posse no dia 1° de janeiro, substituindo o deputado Dr. Benjamin. Este último havia ocupado o cargo de suplente de Juscelino até ser empossado como prefeito de Açailândia, uma cidade localizada no interior do Maranhão. A saída de Juscelino da pasta de Comunicações e a demissão geram mais uma mudança no cenário político maranhense.

    Na eleição de 2022, Ivan Junior obteve 6.647 votos, o que representou apenas 0,18% dos votos válidos, marcando sua primeira experiência política. Juscelino, por outro lado, foi o quarto candidato mais votado do estado, conseguindo 142.219 votos, ou 3,84% dos válidos. Antes de entrar na Câmara, Ivan havia tentado uma vaga de vereador em São Luís, mas não teve sucesso, recebendo 1.967 votos (0,34%).

    Ivan Junior tem radicado em São Luís e se destaca por seu trabalho como advogado e estivador. Ele também presidiu a Associação Comunitária Itaqui Bacanga (ACIB) e o Sindicato dos Estivadores entre os anos de 2017 e 2020. Politicamente, ele se posiciona como opositor ao atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e é próximo de figuras como o governador Carlos Brandão e o ministro dos Esportes, André Fufuca.

    Durante sua breve passagem pela Câmara, Ivan protocolou três projetos de lei. O primeiro propõe a limitação da jornada de trabalho a oito horas diárias e 40 horas semanais. O segundo busca eliminar taxas adicionais em ingressos de meia-entrada. O terceiro projeto tem como objetivo aumentar as penas para crimes relacionados à pornografia infantil e outros delitos contra menores. Todas essas propostas ainda estão aguardando parecer do presidente da Câmara, Hugo Motta.

    A denúncia contra Juscelino, que levou à sua demissão, se baseia em um relatório da Polícia Federal, onde ele é acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa de Juscelino afirma que ele é inocente.

    Com a saída de Juscelino, o partido União está avaliando possíveis substitutos para o cargo de ministro. O nome que vem sendo cogitado para assumir a posição é o de Pedro Lucas Fernandes, que é o líder do partido na Câmara.

    Essas mudanças refletem as conturbações políticas atuais e a dinâmica do jogo político dentro do estado do Maranhão e em Brasília.

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