A hípica é um esporte cheio de tradição e charme, mas vai muito além da relação entre o cavalo e o cavaleiro. Nos bastidores, muita gente trabalha duro para garantir que tudo funcione bem e com segurança. Um desses profissionais é o médico, que não só cuida das emergências, mas também oferece apoio emocional aos atletas. Eva Díez de Montemayor, uma médica bastante respeitada nas competições de hipismo, compartilha suas experiências nesse ambiente tão único.

    Para a Eva, o amor pelos cavalos começou muito antes de entrar na medicina. Desde pequena, essa paixão a acompanhou, e, anos depois, ela teve a chance de unir os dois mundos ao ser convidada por uma amiga para atuar como médica em eventos equestres. Desde então, Eva se tornou uma presença constante em competições, enfrentando os desafios e as alegrias que essa vida traz. É claro que lesões fazem parte do trabalho, mas a evolução dos equipamentos, como coletes com airbag e capacetes, melhorou bastante a segurança dos atletas.

    O que torna o Concurso Completo desafiador na prática do esporte?

    O Concurso Completo é uma das disciplinas mais complicadas do hipismo. Não é só pelas quedas, mas pelas questões logísticas que surgem durante as competições. Muitas vezes, os acidentes acontecem em lugares bem afastados, e isso exige uma organização meticulosa para que os jinetes recebam assistência rápida e eficaz. Esse lado logístico é um dos maiores desafios para os médicos que atuam nesse tipo de evento.

    Qual o impacto emocional nos atletas deste esporte durante as competições?

    O lado emocional é super importante para o desempenho dos jinetes. Competições grandes costumam deixar os atletas nervosos, e isso acaba influenciando como eles se apresentam na pista. Eva destaca que é essencial conhecer cada atleta, sabendo como interagir e, mais importante, o que não dizer nos momentos críticos. Essa conexão ajuda a criar um suporte emocional que pode fazer toda a diferença.

    Ela lembra de um caso em Toledo que reforçou a importância de manter a calma em emergências. Durante uma queda grave, serena e focada, ela conseguiu cuidar da situação, mostrando que, apesar dos riscos, o hipismo é um esporte bastante seguro quando se segue as normas e se usa os equipamentos corretos.

    Quais são as recomendações para um kit de primeiros socorros eficaz para jinetes?

    Preparar-se para emergências é fundamental. Eva indica que um bom kit de primeiros socorros deve ter, entre outras coisas, um recipiente para hemorragias. Bandagens que possam ser aplicadas pelo próprio atleta são essenciais para controlar sangramentos antes da chegada de assistência médica. Em situações onde o tempo é crucial, esse tipo de preparação pode ser a diferença entre um simples susto e um problema mais sério.

    A experiência da Eva no mundo hípico vai além do cuidado físico. Ela traz um suporte emocional e uma preparação rigorosa para lidar com qualquer eventualidade. A satisfação dela com o trabalho que faz é visível, enquanto ela continua a fazer uma enorme diferença na comunidade equestre.

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