Na segunda-feira, 7 de abril de 2025, as bolsas de valores na Ásia enfrentaram uma forte queda logo pela manhã, impactadas pelo aumento das tarifas comerciais promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Esse aumento, conhecido como “tarifaço”, que começou a valer no sábado, 5 de abril, gerou reações não apenas nos EUA, mas também em outros países, especialmente na China.

    O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, teve uma queda drástica de mais de 8%, levando à suspensão temporária das negociações, um evento conhecido como “circuit breaker”, que acontece quando há uma queda acentuada para evitar maiores perdas no mercado. Além do Nikkei, outros índices na região também registraram quedas significativas. Aqui estão os dados das principais bolsas asiáticas e oceânicas na madrugada de segunda-feira:

    – Nikkei 225 (Tóquio): queda de 6,74%
    – Kospi (Seul): queda de 4,76%
    – STI (Cingapura): queda de 7,12%
    – Hang Seng (Hong Kong): queda de 10,62%
    – CSI 300 (China): queda de 9,10%
    – Shanghai (Xangai): queda de 6,34%
    – S&P/ASX 200 (Sydney): queda de 3,78%

    O tarifaço foi anunciado na semana anterior, gerando um impacto imediato no mercado norte-americano, que perdeu cerca de 6,09 trilhões de dólares em valor de mercado em apenas dois dias. Trump defende que essa é uma medida necessária para resolver o déficit comercial dos Estados Unidos com a China, a União Europeia e outros países.

    Em suas declarações nas redes sociais, Trump afirmou que as medidas são uma “revolução econômica” e pediu paciência, prometendo que o resultado final será positivo. Ele argumenta que o tarifaço é a única maneira de “curar” o problema do déficit comercial e descreveu o impacto das tarifas como “uma coisa linda de ver”.

    Esse cenário reflete a tensão nas relações comerciais entre os Estados Unidos e outras grandes economias, especialmente a China, cujo mercado é um dos mais afetados pelas novas tarifas. A continuidade dessas políticas pode ter consequências de longo prazo para a economia global e o comércio internacional.

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