Teuda Bara, uma reconhecida atriz e cofundadora do Grupo Galpão, faleceu hoje, dia 25 de dezembro, no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, onde estava internada desde 14 de dezembro após ter passado mal em casa e fraturado a perna. A causa da morte foi septicemia, que levou à falência múltipla dos órgãos. Teuda completaria 85 anos em 1º de janeiro de 2024.
O Grupo Galpão, em homenagem, expressou sua tristeza pela perda e lembrou a alegria e a força que Teuda trouxe durante sua trajetória artística. “Dividir o caminho com ela foi um presente”, disseram em um comunicado.
O velório de Teuda será realizado nesta sexta-feira, 26 de dezembro, às 10h, no Palácio das Artes. Sua última apresentação ocorreu no dia 13 de dezembro, no Teatro de Bolso do Sesc Palladium, onde ela se apresentou no espetáculo “Doida”, que comemorava 10 anos em cartaz. Teuda se apresentou ao lado de seu filho, Admar Fernandes, e a segunda apresentação programada para o dia 14 foi cancelada devido a seu estado de saúde. No dia 9 de dezembro, ela foi homenageada com o colar do mérito legislativo pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, em reconhecimento à sua contribuição para a cultura da cidade.
Teuda Bara, nascida Teuda Magalhães Fernandes, destacou-se em sua carreira interpretando diversos personagens marcantes, incluindo a ama de “Romeu e Julieta”, e atuou em 21 dos 26 espetáculos do Grupo Galpão. Sua trajetória no teatro começou em 1976 e, ao longo das décadas, ela se apresentou em uma variedade de estilos, do clássico ao contemporâneo. Seu último trabalho com o grupo foi em “Cabaré Coragem”.
Amiga e parceira de Teuda, Eduardo Moreira, também cofundador do Galpão, comentou que a atriz era uma pessoa encantadora e sempre havia alegria ao seu redor. Ele lembrou que Teuda ocupou o palco até o fim, com sua energia inconfundível.
Teuda nasceu em Belo Horizonte, no dia 1º de janeiro de 1941, e sua infância foi marcada por contrastes. Seu pai, um trombonista e major do Corpo de Bombeiros, e sua mãe, uma enfermeira religiosa, tinham expectativas diferentes quanto ao futuro da filha. Embora tenha estudado em colégio católico e sonhado com uma vida convencional, ela decidiu seguir um caminho artístico.
Após terminar um noivado, Teuda se voltou para o circo e para o teatro, mudando-se para São Paulo, onde deu início a sua carreira profissional. Com o Galpão, realizou sua primeira apresentação em 1982. Teuda se destacou na companhia, que sua paixão pela arte fez dela uma figura central. Com o Galpão, apresentou-se internacionalmente em locais como o Shakespeare’s Globe Theatre, na Inglaterra, onde cativou o diretor do Cirque du Soleil, que a convidou para trabalhar na companhia.
Nos anos seguintes, Teuda viveu no Canadá e em Las Vegas antes de retornar ao Brasil em 2007, onde continuou atuando com o Galpão e em diversas produções de cinema e televisão. Atuou em filmes como “O Palhaço” e “As Duas Irenes” e participou da novela “Meu Pedacinho de Chão”.
Teuda deixa filhos, André e Admar, e foi homenageada com uma biografia, “Comunista demais para ser chacrete”, que retratou sua vida e trajetória artística. Sua contribuição para a cultura e o teatro será sempre lembrada.
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