Motta afirma que não há consenso sobre punições severas em relação ao 8 de Janeiro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou em 24 de abril de 2025, que há um consenso entre os deputados de que é necessário lidar com a questão das punições aplicadas aos envolvidos nos atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano. Durante uma reunião com líderes de diferentes partidos, Motta afirmou que “ninguém” aceita as “penas exageradas” que algumas pessoas receberam devido a esses atos.

Motta enfatizou que todos os líderes na Câmara estão comprometidos em combater injustiças, independentemente de suas afiliações partidárias. Ele mencionou que há um “sentimento de convergência” entre os membros da Casa, que estão dispostos a discutir um projeto que pode levar à anistia para aqueles que se envolveram nos eventos de janeiro.

No entanto, ele informou que esse projeto não será discutido na próxima semana, seguindo um pedido da maioria dos deputados. O assunto, por outro lado, deverá retornar à pauta na reunião de líderes marcada para o dia 30 de abril. Hugo Motta declarou que o diálogo deve continuar, com o objetivo de encontrar uma solução adequada para essa situação.

Ainda na mesma data, Motta se encontrou com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, para discutir o tema. Antes disso, Cavalcante havia dado um ultimato a Motta para que a urgência do projeto de anistia fosse debatida.

Além disso, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, comentou que seu partido não se opõe à ideia de anistia, desde que qualquer proposta aprovada passe pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que, caso haja uma decisão do STF relacionada à revisão das penas de casos menos graves, o partido não terá objeções, sempre ressaltando que isso deve passar pela avaliação do Supremo.

Esses desenvolvimentos marcam um momento significativo nas discussões político-legislativas em torno das repercussões dos eventos de 8 de janeiro, refletindo a necessidade de um debate cuidadoso e equilibrado nas questões de justiça e punição.