Pedro Bial, de 67 anos, compartilhou sua experiência pessoal com a depressão em uma entrevista recente. O jornalista, que está promovendo seu novo livro intitulado “Isabel do Vôlei da Vida: A Onda Mais Alta de Ipanema”, participou do videocast “Conversa Vai, Conversa Vem,” disponível no YouTube e Spotify.
Em uma conversa com a repórter Maria Fortuna, Bial falou sobre o tema do etarismo, que afeta especialmente as mulheres. Ele mencionou que nas redes sociais as pessoas tendem a fazer comentários cruéis, referindo-se a ele e a outros como “velhos” de forma desrespeitosa. Embora não se importasse em ser chamado de velho, ele destacou a dificuldade de lidar com a forma como a sociedade se refere aos mais velhos, utilizando diminutivos ou expressões pejorativas.
No entanto, Bial vê essa fase da vida de maneira positiva. Ele acredita que sua geração está redefinindo a velhice e que ainda pode contribuir de forma significativa. “Acho que o melhor que tenho para dar é agora,” afirmou. Ele se mostrou entusiasmado e motivado, comparando sua energia atual à que tinha quando era mais jovem.
Durante a conversa, também foram citados outros artistas veteranos como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que continuam ativos e inspiradores mesmo após os 80 anos. Bial lembrou que, assim como Isabel, ele também enfrentou desafios relacionados ao vício em tabaco, mas se afastou do cigarro há 20 anos. Ele ressaltou que o tempo que passou fumando teve um impacto negativo em sua saúde pulmonar.
Em relação ao álcool, Bial comentou que atualmente consome muito pouco, optando por uma taça de vinho ocasionalmente, em contraste com a época em que ele e sua geração bebiam bastante.
O jornalista foi questionado sobre como lida com a sobrecarga de informações e a ansiedade. Ele revelou que já usou medicamentos, incluindo antidepressivos, mas que hoje não utiliza mais. Bial acredita que após certa idade é necessário ajustar a química do corpo, mas reconhece que o Tai Chi e o amor dos familiares — sua mulher e filhos — são fundamentais para seu bem-estar.
Bial também mencionou que enfrentou um episódio de depressão no início dos anos 2000. Ele descreveu essa experiência como um evento único em sua vida, mas afirmou que a melancolia pode ter um papel positivo ao permitir que sentimentos profundos venham à tona. Quando percebe a tristeza se aproximando, ele se antecipa, recorrendo à terapia como forma de se cuidar.
Com um olhar esperançoso, Pedro Bial continua a se reinventar e a buscar formas de se manter ativo e criativo, mesmo aos 67 anos.
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