Rogério Marinho afirma que Congressos detém a prerrogativa da anistia.

No último domingo, 6 de abril de 2025, o senador Rogério Marinho, que é o líder da oposição no Senado e membro do PL do Rio Grande do Norte, participou de uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento tinha como principal tema a anistia para os presos envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro. Durante seu discurso, Marinho ressaltou que a decisão sobre anistia é uma responsabilidade do Congresso Nacional e que essa questão deve ser discutida pelo povo brasileiro.

Ele enfatizou que a anistia não deve ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo presidente ou pela mídia, afirmando que esses grupos estão desmerecendo o debate. Marinho argumentou que a normalização do país depende da implementação da anistia, criando um ambiente propício para a reconciliação.

O senador também criticou o julgamento conduzido pelo STF, que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativas de golpe de Estado. Marinho apontou que não é aceitável ter um sistema judiciário onde o juiz que se declara vítima preside o inquérito, e afirmou que os réus estão sendo julgados sem o direito adequado à defesa e à proteção legal.

A manifestação em São Paulo foi a quinta do ex-presidente Jair Bolsonaro desde que deixou a presidência em 2023. A última havia ocorrido em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março de 2025, onde reuniu cerca de 26 mil apoiadores. Desde então, Bolsonaro tem mobilizado multidões em seus atos, com diversos eventos em locais como a Avenida Paulista, onde chegou a reunir entre 300 e 350 mil pessoas em fevereiro de 2024.

Este evento foi o primeiro de Bolsonaro após a sua inclusão como réu no STF, junto com outros aliados, e trouxe à tona a discussão sobre o futuro político dos envolvidos e as consequências legais que podem enfrentar. A atmosfera nos últimos dias reflete um clima de polarização e debate intenso sobre as próximas etapas do processo político no Brasil.