O ator neozelandês Russell Crowe, de 61 anos, expressou suas críticas à sequência de “Gladiador”, lançada em 2024 e protagonizada pelo irlandês Paul Mescal. Durante uma entrevista à rádio australiana Triple J, Crowe, que interpretou Maximus no filme original, afirmou que a nova produção não captou o que fez o primeiro filme ser tão especial.

    Crowe afirmou que a recente sequência, que ele preferiu não nomear diretamente, serve como um exemplo de que a equipe envolvida na produção não compreendeu os elementos fundamentais que tornaram o filme de 2000 impactante. Ele destacou que a atratividade do original não se resumiu a ações grandiosas ou cenários exuberantes, mas sim a questões morais profundas que permeavam a narrativa.

    O ator recordou que, durante as filmagens do primeiro “Gladiador”, havia um intenso debate sobre como manter a integridade moral do personagem. Ele relembrou que sugestões para acrescentar cenas de sexo e outras situações que não se alinhavam com a essência de Maximus foram frequentemente discutidas, mas ele acreditava que essas ideias diminuiriam a força do protagonista.

    Antes mesmo do lançamento da sequência, Crowe já demonstrava seu desconforto com a ideia de um novo filme da franquia. Em uma entrevista ao podcast de Kyle Meredith, declarou estar “um pouco desconfortável” em relação à continuação, uma vez que ele não poderia influenciar as decisões criativas, já que seu personagem morre no primeiro longa.

    A nova história de “Gladiador”, intitulada “Gladiador 2”, se passa 16 anos após os eventos do filme original e foca em Lucius, o filho de Maximus e Lucilla. Esta nova produção é dirigida por Ridley Scott, que também esteve à frente do primeiro filme e é conhecido por clássicos como “Alien, o Oitavo Passageiro” e “Prometheus”.

    Na trama, Lucius, ainda jovem, é enviado por Lucilla para a Numídia, na costa norte da África. Ao crescer, ele se torna um bárbaro até que sua terra natal é invadida por conquistadores romanos, levando-o a ser capturado e forçado a se tornar um gladiador no Coliseu.

    A sequência, portanto, não apenas continua a saga, mas traz consigo a preocupação de Crowe sobre se a essência que fez do primeiro “Gladiador” um marco no cinema será preservada.

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