As roupas que usamos no dia a dia vão muito além de um simples gosto pessoal. Elas podem contar um pouco sobre nosso estado emocional, como nossa energia, autoestima e até como gostaríamos de ser vistos pelos outros. Olhando para o guarda-roupa, quem já percebeu como se sente só ao escolher um look, sabe que essas combinações de cores e estilos têm um quê a mais do que apenas estética.
A relação entre as cores e o nosso estado emocional é fascinante. Em lugares agitados, como São Paulo ou Nova York, muitas vezes vestimos rapidamente algo que achamos que combina, sem pensar muito. Mas, pesquisas na psicologia da moda mostram que mesmo as escolhas feitas às pressas têm um padrão que reflete como estamos nos sentindo. Por exemplo, tons de azul e verde estão associados à calma, enquanto vermelho, laranja e amarelo transmitem uma certa energia e vitalidade. Assim, a cor das roupas pode ser um reflexo do nosso humor, ou mesmo uma tentativa de nos sentirmos de um jeito específico.
A influência das cores escuras e vivas no humor
Estudos recentes indicam que quem frequentemente usa roupas escuras, como preto, cinza e marrom, pode estar lidando com sentimentos de depressão ou ansiedade. Não é uma regra, mas pode ser uma indicação de que a pessoa está se sentindo introspectiva ou emocionalmente cansada. Por outro lado, as pessoas que optam por cores mais vibrantes podem estar aprendendo a comunicar alegria ou a melhorar seu próprio humor. Em eventos sociais, essas cores funcionam como um convite à interatividade. Nos dias de fragilidade emocional, muitos tendem a se refugiar em tons mais discretos, buscando um pouco mais de proteção.
O impacto das cores no bem-estar
Essas pesquisas também exploram outra questão: como a cor das roupas pode influenciar nosso estado interno. Experimentos realizados em universidades de vários lugares mostraram que pequenas mudanças nas cores do vestuário podem gerar melhorias no bem-estar, principalmente em pessoas que apresentam ansiedade leve. Por exemplo, substituir o preto por combinações de cores neutras com toques mais claros pode trazer uma leveza ao longo do tempo, elevando a disposição. Essa ideia é usada em programas terapêuticos que encorajam as pessoas a verem seus guarda-roupas como um “ambiente emocional portátil”.
Usando as cores a favor do humor
Com a crescente busca por compreender o comportamento humano, muitos especialistas estão estudando como a cor das roupas pode ser uma aliada na saúde mental. A abordagem não é de curar transtornos apenas mudando o que vestimos, mas usar o vestuário como uma ferramenta para organizar as emoções e criar marcos de bem-estar. Algumas dicas práticas podem ajudar:
- Cores frias e suaves (como azul claro e verde menta) são ótimas para dias de trabalho ou estudo, pois trazem calma e concentração.
- Tons quentes moderados (como coral e mostarda) são ideais para momentos em que buscamos mais energia e sociabilidade.
- Neutros claros (bege, off-white) transmitem simplicidade e organização, ótimos para quem prefere não chamar tanta atenção.
Sinais de saúde mental através do estilo
Além das cores, o estilo de vestir também diz muito sobre como estamos nos sentindo. Roupas muito largas ou muito justas, por exemplo, podem sinalizar questões sobre a relação com o próprio corpo e com a percepção dos outros. A psicologia social sugere que o estilo pode funcionar como uma “armadura”, escondendo vulnerabilidades. Roupas confortáveis podem indicar uma busca por segurança, enquanto um desleixo persistente pode indicar depressão e merece atenção.
A conexão entre autoestima e cores
A maneira como nos vemos no espelho impacta diretamente nossas interações. A combinação de cor, modelo e caimento das roupas pode afetar nossa percepção de nós mesmos, influenciando desde a postura até nossa disposição em socializar. Esse fenômeno, conhecido como “cognição vestimentar”, mostra como a roupa pode influenciar nosso comportamento. Nos últimos anos, profissionais de saúde mental e consultores de imagem têm trabalhado juntos para ajudar as pessoas a escolherem roupas que se alinhem com suas identidades e contextos de vida, promovendo mais bem-estar e autoconfiança.
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