O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após passar por uma cirurgia no abdômen, que exigiu cuidados especiais e durou 12 horas. Ele está “estável”, mas sua recuperação demanda acompanhamento intenso, segundo relatos da equipe médica. Em sua primeira mensagem nas redes sociais após o procedimento, Bolsonaro agradeceu o apoio de seus seguidores e declarou que “voltaremos”.

    A cirurgia, chamada laparotomia exploradora, foi realizada no último domingo (13 de abril). O principal objetivo deste procedimento foi tratar adesões no trato digestivo que causaram uma obstrução intestinal parcial, um problema de saúde que Bolsonaro enfrenta desde a facada que sofreu em 2018.

    Após sentir fortes dores abdominais durante um evento no Rio Grande do Norte, Bolsonaro foi rapidamente levado a um hospital em Santa Cruz e posteriormente transferido para Brasília de helicóptero, onde foi internado no Hospital DF Star, especializado em tratamentos cirúrgicos. Foi apenas após a realização de exames que ficou constatada a obstrução intestinal, levando à necessidade urgente de cirurgia.

    Durante a operação, que superou o tempo estimado, os médicos conseguiram desobstruir o intestino e realizar a reconstrução da parede abdominal, que estava debilitada devido a intervenções cirúrgicas anteriores. O boletim médico mais recente informou que o ex-presidente permanece na UTI com nutrição intravenosa e antibióticos, a fim de evitar infecções.

    A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está ao lado do marido durante a internação e tem se comunicado com a equipe médica, limitando visitas apenas a familiares. É recomendado que Bolsonaro converse pouco e descanse, mas, segundo o cardiologista Leandro Echenique, ele está acordado, interagindo e até fazendo piadas.

    Este é o sétimo procedimento cirúrgico que Bolsonaro realiza devido a complicações desde a facada. Médicos explicam que a obstrução intestinal pode ser causada por diversos fatores, incluindo aderências, que são cicatrizes que formam vínculos entre os órgãos, resultantes de cirurgias anteriores, e podem gerar dor abdominal intensa, náuseas e distensão.

    O quadro de saúde do ex-presidente requer constante vigilância, pois múltiplas cirurgias na área abdominal podem aumentar o riscos de complicações, como desidratação e infecções. Por isso, a equipe médica segue monitorando seu estado com atenção, aguardando a melhora para que ele possa deixar a UTI quando a situação permitir.

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