Ronnie Lessa em Isolamento: Detalhes sobre a Condição Prisional
Ronnie Lessa, ex-policial militar condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, está em regime de isolamento na Penitenciária 1 de Tremembé, em São Paulo. Até agora, ele permanece sem contato com outros detentos e familiares há mais de 300 dias, após ser transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande em junho de 2024. Essa informação foi trazida pela defesa de Lessa.
Os advogados afirmam que o isolamento foi imposto sem uma decisão judicial que justificasse essa medida, o que levanta questões sobre a legalidade da situação. Eles destacam que, desde a transferência, Lessa tem se limitado a atividades simples, como banho de sol e leitura, e não tem acesso a exercícios físicos ou trabalho.
A defesa também mencionou problemas na alimentação de Lessa e pediu que um juiz corrija essa situação. Eles ressaltam que o confinamento prolongado tem impactado negativamente a saúde mental do detento.
A transferência de Lessa para a unidade prisional em Tremembé foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apesar do parecer desfavorável da Secretaria de Administração Penitenciária. A secretaria apontou que a penitenciária estava superlotada e que não tinha estrutura suficiente para gerenciar a situação do ex-policial.
Condenado em 2024 a 78 anos e nove meses de prisão, Lessa também firmou um acordo de delação que o mantém em regime fechado até 2037.
Contexto do Crime
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ocorreu na noite de 14 de março de 2018. Eles voltavam de um compromisso no Centro do Rio de Janeiro quando foram abordados por Lessa e seu cúmplice, que dispararam vários tiros contra o veículo em que estavam. Marielle e Anderson morreram no local.
Seis anos após o crime, o nome de Marielle ainda é um símbolo de luta entre ativistas e militantes que buscam respostas sobre os responsáveis pelo crime e a aplicação correta da justiça.