A nova ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja ver as mulheres mais felizes e protegidas. Essa declaração foi feita em um momento em que a popularidade de Lula entre as eleitoras está em decline. Recentemente, o percentual de mulheres que avaliam seu governo como ótimo ou bom caiu de 45% em janeiro de 2023 para apenas 21% em março de 2025.

    Durante uma coletiva de imprensa em Brasília, Márcia, que assumiu o cargo após a saída de Cida Gonçalves, ressaltou a importância de priorizar a voz das mulheres em todos os aspectos da política. “Lula quer que essas mulheres sejam respeitadas e acolhidas em cada município”, disse. Ela também enfatizou que a política voltada para as mulheres deve ser compartilhada com vários ministérios, para que ações mais efetivas sejam tomadas em favor da população feminina.

    Márcia já se reuniu com os ministros da Saúde e do Trabalho, Alexandre Padilha e Luiz Marinho, respectivamente, e mencionou a necessidade de colaboração com outros setores, como Educação, Desenvolvimento Social e Agricultura. Segundo a ministra, a questão das mulheres é intersetorial e envolve várias áreas do governo.

    A nova ministra, que é assistente social e professora, tem vasta experiência no Partido dos Trabalhadores, do qual é filiada desde 1982. Foi ministra do Desenvolvimento Social no segundo governo de Lula e já se candidatou a prefeita de Londrina, no Paraná, em 2012. Ela é irmã de Gilberto Carvalho, que atua como secretário nacional de Economia Solidária no Ministério do Trabalho.

    Os dados mostram que, além da queda nas avaliações positivas, 37% das mulheres consideram o trabalho de Lula ruim ou péssimo. Essa percepção começou a se acentuar no início de 2025, quando 24% avaliaram o governo de maneira positiva. Ao longo deste tempo, Lula também enfrentou críticas por suas declarações, que foram consideradas machistas por alguns setores da sociedade.

    Em março de 2025, o presidente fez comentários controversos sobre a escolha de uma “mulher bonita” para ocupar um cargo importante em seu governo, o que gerou insatisfação. Embora alguns aliados tenham defendido suas palavras, a situação evidenciou o desafio que o governo enfrenta para melhorar a imagem entre as mulheres.

    A ministra Márcia Lopes concluiu sua entrevista falando sobre a importância de manter um diálogo contínuo com movimentos sociais, governadores, prefeitos e outras organizações que atuam em defesa dos direitos das mulheres no Brasil. Ela não respondeu se haverá mudanças na equipe do ministério, mas assegurou que o compromisso em lutar pela dignidade e direitos das mulheres continuará.

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