O mercado automotivo nos Estados Unidos está pegando fogo. Uma pesquisa da consultoria Kerrigan Advisors revelou que 76% dos executivos das grandes montadoras acreditam que a entrada de marcas chinesas no país é não só inevitável, mas que pode causar um efeito devastador na indústria tradicional.
Marcas como BYD, Zeekr e Hyper SSR estão se preparando para fazer barulho. Elas oferecem veículos com bom desempenho, eletrificação e preços bastante competitivos, o que já as coloca como grandes desafiantes frente a gigantes como Tesla, Ford e GM. Imaginem a cena: os fabricantes americanos já em casa, recebendo visitas inesperadas que prometem mexer com tudo.
Essa pesquisa, chamada de Kerrigan Advisors’ 2025 OEM Survey, é a terceira edição desse estudo focado no setor automotivo. Mais de 70% dos executivos estão preocupados com o impacto financeiro que a chegada dos carros chineses pode trazer. E é compreensível, já que 40% da capacidade de produção automobilística global está na China, que, em 2023, fabricou impressionantes 30,16 milhões de veículos.
E não para por aí! No segmento de veículos elétricos, as marcas chinesas dominam com mais de 75% da participação global. Essa pesquisa deixa claro: a entrada das montadoras chinesas nos EUA é vista como uma ameaça real pelas montadoras já estabelecidas.
Apesar do otimismo em relação ao crescimento dos veículos elétricos — com 60% dos executivos acreditando que o mercado de EVs deve aumentar em 2025 —, há uma certa frustração sobre a velocidade dessa transição. A maioria dos entrevistados (80%) acredita que a popularização dos EVs levará mais tempo do que o esperado. Dois fatores sempre aparecem nessa conversa: a falta de infraestrutura para recarga e os preços ainda altos, mesmo nos modelos mais básicos. Então, quem já ficou na mão por conta da falta de carregador na estrada sabe bem do que estamos falando.
Vale ressaltar que essa pesquisa foi feita em dezembro de 2024, antes das novas tarifas automotivas implementadas pelo governo Trump. Essas tarifas já estão mudando o jogo e forçando algumas montadoras a repensar suas exportações para os EUA. Mas os especialistas afirmam que o desejo da China de expandir seus mercados não será fácil de conter, mesmo diante de barreiras comerciais.
Com carros como o Zeekr 001 FR e o Hyper SSR de 1.207 cv ganhando destaque, não é difícil perceber que a presença chinesa no mercado automobilístico americano vai muito além de uma simples conversa. Se as montadoras americanas não agirem rapidamente, podemos ver um cenário automobilístico nos EUA com um novo sotaque — o mandarim.
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