Nesta quarta-feira, dia 4 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela prisão da deputada Carla Zambelli, do Partido Liberal de São Paulo. Essa medida foi tomada após sua condenação por crimes de invasão de sistema e falsidade ideológica. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Zambelli havia anunciado que deixaria o Brasil, o que motivou a decretação da prisão preventiva.

    A condenação aconteceu em maio de 2025, quando a 1ª Turma do STF determinou, de forma unânime, que a deputada cumpriria uma pena de 10 anos em regime fechado. Além disso, foi fixada uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. A deputada foi acusada de tentar deslegitimar as instituições brasileiras e atacar o Estado Democrático de Direito.

    Quais foram as medidas adotadas pelo STF?

    O ministro Moraes implementou uma série de medidas para garantir que a decisão fosse cumprida. Entre essas, está a inclusão de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, o bloqueio de seus passaportes, contas bancárias, além de bens como veículos e imóveis. As redes sociais da deputada também foram bloqueadas, e uma multa diária de R$ 50 mil foi estipulada se ela continuar a publicar conteúdos que reforçam suas condutas criminosas.

    Adicionalmente, a Defensoria Pública da União foi designada para representar Zambelli, uma vez que seus advogados haviam se retirado do caso. A Câmara dos Deputados foi comunicada sobre o bloqueio dos salários e verbas de gabinete da deputada, como parte da execução da sentença.

    Como Carla Zambelli reagiu?

    Após a decisão do STF, Zambelli informou que já estava fora do Brasil há alguns dias, dizendo estar na Itália. Contudo, seu marido afirmou que eles estavam nos Estados Unidos, com planos de viajar para a Europa. A deputada mencionou que pretende solicitar uma licença não remunerada, similar ao que fez o deputado Eduardo Bolsonaro em março de 2025.

    Ela também destacou que não gostaria de ser vista como uma perseguida política, mas sim como alguém que luta para que o Brasil retome seu caminho característico. No entanto, ela reconhece que, se esgotar seus recursos, poderá perder seu mandato.

    O que motivou a decisão do STF?

    A decisão do STF se baseou nas declarações públicas de Zambelli, que sinalizava a intenção de continuar suas atividades que descredibilizavam as instituições brasileiras. O ministro Moraes menciona que a deputada persistia em divulgar notícias falsas e ataques ao Poder Judiciário, o que justificou a prisão preventiva.

    O STF avaliou que a saída de Zambelli do país tinha o intuito de evitar a aplicação da lei, o que reforçou a necessidade de medidas restritivas para assegurar a ordem pública e a execução da sentença.

    A prisão de Carla Zambelli, junto com as medidas adotadas pelo STF, têm gerado muita discussão sobre o papel do Judiciário e a proteção das instituições democráticas no Brasil. Incluir a deputada na lista da Interpol e bloquear seus bens são ações que buscam garantir que a lei prevaleça, independente da posição política da pessoa.

    Esse caso pode estabelecer um precedente para decisões futuras envolvendo parlamentares e outras autoridades acusadas de crimes semelhantes. As coisas por aqui continuam evoluindo, e os próximos capítulos dessa história dependem das ações legais e políticas que virão.

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