O filme “Conclave”, que explora como é o processo de escolha de um novo papa, está de volta aos cinemas brasileiros após a morte do papa Francisco. O longa-metragem conquistou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, o que ajudou a aumentar o interesse do público.
Em São Paulo, o filme pode ser visto em pelo menos oito cinemas nesta sexta-feira, dia 25 de abril de 2025. No final de semana, o número aumenta para nove salas. No Rio de Janeiro, “Conclave” está disponível em quatro cinemas na sexta e em sete durante o sábado e domingo. Brasília também está participando, com exibições em duas salas na sexta e três nos dias seguintes. Em Recife, apenas uma sala exibirá o filme durante todo o final de semana.
A história de “Conclave” é baseada no livro de Robert Harris e começa com a morte do papa, interpretado por Bruno Novelli. O cardeal Lawrence, interpretado por Ralph Fiennes, recebe a tarefa de coordenar a eleição do novo pontífice. O filme retrata a chegada de cardeais ao Vaticano e as discussões entre eles para encontrar um consenso sobre quem deve liderar a Igreja Católica. O papa que faleceu era conhecido por ser reformista, e isso gera preocupações entre cardeais que apoiavam suas ideias, como Lawrence e Bellini, interpretado por Stanley Tucci, sobre quem será seu sucessor.
Durante o filme, vários cardeais surgem como candidatos ao papado. Entre eles estão Bellini, que é aliado de Lawrence; Tedesco, interpretado por Sergio Castellitto, que representa um retorno ao conservadorismo; Adeyemi, interpretado por Lucian Msamati, que poderia se tornar o primeiro papa negro; e Tremblay, interpretado por John Lithgow, que foi o último cardeal a ver o papa antes de sua morte.
Um dos momentos importantes do filme é a chegada do último cardeal, Vincent Benitez, interpretado por Carlos Diehz, que tem um passado misterioso ligado ao papa. Durante o conclave, o cardeal Lawrence não apenas coordena a eleição, mas também investiga os outros cardeais, acreditando que a igreja deve estar em boas mãos.
Recentemente, o cardeal Paulo Cezar Costa, que participará do conclave, comentou sobre o filme. Ele assistiu à produção e observou que o clima de “complô político” apresentado não reflete a realidade da escolha do novo papa. Segundo ele, os cardeais ainda não discutiram sobre o futuro pontífice, em respeito ao papa Francisco.
Com isso, “Conclave” se apresenta não apenas como um entretenimento, mas também como uma reflexão sobre os desafios e as dinâmicas internas da Igreja Católica, trazendo à tona questões relevantes em um momento de mudança.