Nesta quarta-feira, 30 de abril, o dólar à vista apresentou uma leve alta, fechando cotado a R$ 5,6766. Durante o dia, a moeda alcançou uma máxima de R$ 5,6875, mas terminou o pregão ainda abaixo da marca de R$ 5,70. Este aumento ocorre após uma sequência de oito quedas consecutivas, período em que a moeda estadunidense desvalorizou 4,40%.

    Ao longo da semana, o dólar acumulou uma queda de 0,20%, e em abril, a desvalorização chega a 0,50%. No entanto, desde o início do ano, o dólar registrou uma desvalorização maior, de aproximadamente 8,15%.

    Fatores externos, como dados econômicos fracos da China e dos Estados Unidos, impactaram negativamente os preços de commodities, afetando particularmente as moedas de países emergentes, incluindo as da América Latina. O peso colombiano foi uma das moedas que mais perdeu valor, seguido do real brasileiro.

    Os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre indicaram uma contração de 0,3%. Além disso, um relatório da ADP revelou que foram criados apenas 62 mil empregos no setor privado em abril, bem abaixo da expectativa de 134 mil. Um relatório oficial sobre o emprego, conhecido como payroll, será divulgado na próxima sexta-feira, 2 de maio.

    Os analistas acreditam que a queda no PIB dos EUA foi causada, em grande parte, pelo aumento nas importações, que aconteceram em antecipação a tarifas que seriam anunciadas pelo governo de Donald Trump, além de cortes nos gastos do governo. Apesar do consumo interno permanecer estável, há preocupações sobre o impacto da política comercial de Trump, que pode levar a uma recessão e a um aumento temporário da inflação.

    Na tarde de quarta-feira, Trump comentou sobre a situação econômica da China, afirmando que o país enfrenta sérias dificuldades e reiterou a importância de um acordo comercial justo. Ao ser questionado se teria uma conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, ele respondeu que essa conversa “vai acontecer”.

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