O Dr. Alexandre Feldman, neurologista conhecido por sua expertise em cefaleias, traz uma perspectiva importante sobre a enxaqueca. Para ele, entender a enxaqueca como uma síndrome, e não apenas como uma dor de cabeça, é fundamental para um tratamento eficaz. Se você já lidou com isso, provavelmente sabe como essa condição pode afetar o cotidiano.

    Ele possui uma bagagem extensa na área, com publicações importantes e uma presença ativa nas redes sociais, onde compartilha informações úteis. Um ponto crucial que ele destaca é que a enxaqueca envolve muitos outros sintomas além da dor, como sensibilidade à luz, sons e até cheiros. Esses detalhes fazem parte do que a Organização Mundial da Saúde e outras instituições reconhecem sobre a complexidade da enxaqueca.

    Por que a enxaqueca é uma síndrome e não só uma dor de cabeça?

    De acordo com o Dr. Feldman, a enxaqueca não é só uma questão de dor; é uma série de sintomas que podem se manifestar. A dor de cabeça é a parte mais visível, mas você pode ter enxaqueca mesmo sem sentir dor. Já pensou nisso? Sintomas como hipersensibilidade à luz, ao som e a cheiros, além de náuseas e até problemas digestivos, geralmente fazem parte do quadro.

    Esses pontos são corroborados por estudos de instituições respeitáveis que mostram uma variedade extensa de sinais associados à enxaqueca. Muitas vezes, o desconforto vai além da simples dor.

    Você sabia que pode ter enxaqueca sem dor?

    Exatamente! Isso é o que chamamos de “enxaqueca silenciosa”. Nela, a pessoa pode sentir uma série de outros sintomas, como alterações na visão e sensibilidade, mas sem a dor de cabeça propriamente dita. O Dr. Feldman garante que essa versão é mais comum do que se imagina e, mesmo sem dor, pode ser bastante incapacitante.

    Quais são os outros sintomas além da dor de cabeça?

    Os sintomas da enxaqueca incluem:

    • Hipersensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia), comuns em quase todas as crises.
    • Náuseas e vômitos, que afetam uma boa parte das pessoas que têm crises.
    • Aura visual, como flashes e perda de visão, presente em até 30% dos casos.
    • Sintomas autonômicos, como congestão nasal e lacrimejamento.
    • Sintomas gastrointestinais, incluindo diarreia e alterações no humor.
    • Allodinia, que é dor ao toque, como no couro cabeludo.

    Esses sintomas mostram que tratar a enxaqueca apenas como “dor de cabeça” não faz jus à sua complexidade.

    Como saber se é enxaqueca ou outro tipo de dor de cabeça?

    Muita gente confunde, não é? Às vezes, você pode sentir uma dor leve ou tensão que pode lembrar a cefaleia tensional. Mas essa dor costuma ser mais difusa e não vem acompanhada dos outros sintomas que mencionei. O Dr. Feldman ressalta que diferenciar os tipos de dor é essencial para um diagnóstico correto, embora ambas possam fazer parte da mesma condição.

    Quais recomendações profissionais para quem sofre de enxaqueca?

    A OMS e especialistas sugerem algumas práticas que podem ajudar:

    • Mantenha um diário dos seus sintomas para identificar gatilhos.
    • Adote hábitos saudáveis, como uma boa rotina de sono e alimentação equilibrada.
    • Consulte um médico para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.
    • Evite a automedicação, que pode levar a problemas adicionais, como cefaleia de rebote.

    O Dr. Feldman também enfatiza que o cuidado deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas e psicólogos para melhorar a sua qualidade de vida.

    Cheiros e luz intensa podem ser gatilhos?

    Com certeza! Muitas pessoas não percebem, mas a sensibilidade a cheiros e a desconfortos com luz e ruídos são gatilhos frequentes. Ignorar esses sinais só mantém o ciclo das crises. Evitar esses estímulos pode ajudar a reduzir a intensidade e a frequência das crises.

    Quando devo buscar ajuda médica?

    Se você percebe que as crises estão se repetindo e aparecem acompanhadas de sintomas diversos, vale a pena procurar um neurologista. Um diagnóstico precoce pode evitar que a dor se torne crônica e que você precise usar muitos medicamentos. O Dr. Feldman acredita que, ao se atentar para os sinais do corpo, é possível ter uma vida melhor.

    O que dizem os estudos sobre a enxaqueca?

    Estudos mostram que a enxaqueca não é apenas uma dor, mas uma das principais causas de incapacidade no mundo. Isso mostra a importância de compreendê-la de maneira ampla. A variedade de sintomas, como os que falamos, reforçam essa visão. Trata-se de uma síndrome que merece atenção especial, assim como outras condições.

    Compreender mais sobre a enxaqueca pode fazer uma grande diferença no seu dia a dia, permitindo que você tenha um controle maior sobre a sua saúde e bem-estar.

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