O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Filipe Barros, expressou críticas à maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conduzido a diplomacia do Brasil. Em suas declarações, Barros afirmou que o Brasil está em uma posição de isolamento internacional e que a atual gestão não está aproveitando as oportunidades que surgem.
Segundo Barros, Lula e sua equipe, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o diplomata Celso Amorim, estão presos a antigas ideologias que os impedem de reconhecer as novas dinâmicas no cenário global. Ele ressaltou que, por causa dessa postura, o Brasil é visto como “nada diplomático”.
O deputado mencionou uma possível vantagem para o Brasil, que é a redução das tarifas comerciais pelos Estados Unidos em relação a outros países. Contudo, ele acredita que o Brasil ainda corre o risco de se manter à margem das oportunidades de negócios por conta das declarações feitas por Lula e pela primeira-dama, Janja da Silva, que podem ter gerado tensões com líderes internacionais como o ex-presidente Donald Trump e Elon Musk, que atua na Casa Branca.
Barros também citou a concessão de asilo político à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, que foi condenada por lavagem de dinheiro, e a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que bloqueou a extradição de um traficante para a Espanha. Ele argumentou que esses fatos contribuem para a percepção negativa do Brasil entre outros países.
Recentemente, a comissão liderada por Barros decidiu convocar Ministro Mauro Vieira para explicar a concessão de asilo a Heredia. Além disso, Barros pretende se reunir com a embaixadora da Espanha no Brasil, Mar Fernández-Palacios, para discutir a decisão de Moraes, refletindo a preocupação com a imagem do Brasil no cenário internacional.