O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizou declarações importantes sobre a intenção do Brasil de fortalecer suas relações com os Estados Unidos, especialmente em um contexto marcado por tensões comerciais. Durante um evento do Milken Institute, Haddad mencionou que o governo brasileiro busca um diálogo construtivo com a administração Trump, semelhante ao que teve com o governo de Joe Biden.
Haddad enfatizou que o Brasil defende o multilateralismo e tem parcerias com várias regiões do mundo, incluindo o Sudeste Asiático, a Europa e o Mercosul. Recentemente, o país firmou um acordo com a União Europeia, demonstrando seu compromisso em promover a cooperação internacional.
O ministro também se reuniu com Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, para discutir os impactos das taxas de importação impostas pelos Estados Unidos. Segundo Haddad, essa mudança é injustificada, visto que o Brasil e outros países da América do Sul costumam registrar déficits nas trocas comerciais com os americanos. Apesar das dificuldades no cenário global, ele acredita que o Brasil está em uma posição vantajosa, apoiando princípios que favorecem uma novo modelo de globalização sustentável.
Durante sua visita, Haddad apresentou um plano voltado para o desenvolvimento de data centers no Brasil, destacando a reforma tributária que busca desonerar investimentos e exportações de serviços no setor. Ele afirmou que, mesmo diante de desafios, o Brasil apresenta uma posição forte e aderente a iniciativas sustentáveis.
Além disso, Haddad falou sobre a importância do Brasil como sede da COP 30, conferência que trata de questões climáticas, e expressou otimismo sobre o crescimento econômico do país. Para ele, a América do Sul é um território promissor para investimentos, oferecendo segurança jurídica, política e energética. O objetivo de sua viagem aos Estados Unidos foi atrair a atenção de investidores para as oportunidades disponíveis no Brasil, numa busca pela cooperação mútua entre as nações.