Uma pesquisa realizada pela Quaest, entre os dias 27 e 31 de março, revelou que 56% dos brasileiros acreditam que as pessoas envolvidas nos atos de 8 de Janeiro devem permanecer presas e cumprir suas penas. Esse levantamento entrevistou 2.004 pessoas em todo o país e possui uma margem de erro de 2 pontos percentuais, com 95% de confiança.
Por outro lado, 18% dos entrevistados afirmaram que esses indivíduos “nem deveriam ter sido presos”, e 16% opinaram que eles “já estão presos por tempo demais”. Além disso, 10% das pessoas não souberam ou não quiseram responder a essa pergunta.
Quando analisamos as opiniões por região, o Nordeste se destacou como a área com maior apoio à continuidade da prisão, com 63% dos nordestinos a favor dessa medida. No Sudeste, esse número é de 55%, no Centro-Oeste e Norte é de 54%, e no Sul, 51%.
A pesquisa também observou a variação das opiniões entre diferentes grupos religiosos. Entre os católicos, 62% concordam que os envolvidos devam continuar presos, enquanto entre os evangélicos esse número cai para 44%.
Outra parte da pesquisa cruzou as opiniões sobre a prisão com as intenções de voto dos eleitores nas eleições de 2022. Entre os que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 77% querem que os envolvidos continuem encarcerados. Por outro lado, apenas 32% dos eleitores que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilham dessa opinião.
Os dados mostram um panorama das percepções dos brasileiros sobre a situação dos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro, refletindo diferentes opiniões que variam conforme a região e o apoio político.