Parlamentar procura aliados para CPI que apure irregularidades na CBF

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, está enfrentando sérias acusações relacionadas à corrupção. Ele é suspeito de ter comprado o apoio de presidentes de federações estaduais para garantir sua permanência no cargo. Essa situação gerou preocupações entre os deputados, que agora buscam investigar esses possíveis atos ilícitos.

O deputado Sargento Gonçalves, do PL do Rio Grande do Norte, está mobilizando seus colegas para conseguir as 171 assinaturas necessárias para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apure a situação interna da CBF. Embora ainda não se saiba quantos deputados apoiam a proposta, Gonçalves acredita que é fundamental que a Câmara dos Deputados examine esses fatos, que podem reverberar não apenas na entidade, mas também no futebol brasileiro como um todo.

Ele destacou que as denúncias envolvem violações da legislação federal, do Estatuto da CBF e princípios básicos de transparência e ética. A crítica à gestão de Ednaldo Rodrigues é contundente: Gonçalves considera-a “nociva”.

Recentemente, foi revelado que, sob a liderança de Ednaldo, os salários dos presidentes das 27 federações estaduais tiveram um aumento significativo, passando de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais, uma alta de 330%. Essa informação veio à tona logo após a reeleição de Ednaldo, que ocorreu de forma unânime no final de março. Apesar das especulações sobre uma candidatura do ex-jogador Ronaldo, ele não conseguiu apoio suficiente e retirou sua candidatura.

Além das acusações de altos salários, Ednaldo também foi criticado por supostamente instalar câmeras secretas na sede da CBF, com o objetivo de escutar funcionários sem o consentimento deles.

Por conta dessas acusações, a deputada federal Daniela Carneiro, do União Brasil do Rio de Janeiro, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento imediato de Ednaldo da presidência da CBF. Ela alegou que um acordo que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo teve a assinatura falsa do ex-presidente da confederação, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes.

As investigações relacionadas à CBF e ao comportamento de seus dirigentes são cruciais para assegurar que o futebol brasileiro opere com transparência e integridade.