Nesta quinta-feira, 24 de abril de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor. Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por crimes relacionados à corrupção, lavagem de dinheiro e formação de associação criminosa.
A decisão gerou uma série de reações nas redes sociais, especialmente entre os deputados federais. A deputada Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, fez um comentário irônico em sua conta, dizendo “Tchau, querido”, uma frase conhecida que remete a uma conversa entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff, no contexto da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma em 2016. Hilton também destacou que Collor, que nunca foi preso por crises passadas, agora estaria pagando pelos crimes que cometeu em relação à BR Distribuidora.
Por outro lado, o deputado André Janones, do Avante de Minas Gerais, celebrou a prisão, considerando o dia como um importante marco. Janones aludiu de forma provocativa a uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta questões legais no STF.
Em uma abordagem diferente, o deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, expressou sua desaprovação em relação ao trabalho do Supremo, questionando se outras pessoas também estariam sujeitas a prisão, sem citar Collor diretamente.
A decisão do ministro Moraes ainda deve ser levada ao plenário virtual do STF na sexta-feira, 25 de abril, mas a execução da prisão de Collor acontecerá independentemente da confirmação do plenário. A aplicação do mandado de prisão não poderá ocorrer durante a madrugada, portanto, a captura de Collor está prevista para ser realizada ao longo do dia 25.
Além disso, a decisão de Moraes rejeitou o último recurso de defesa de Collor, que tentava reduzir sua pena com o argumento de que outros ministros sugeriram uma condenação menor, de 4 anos de prisão.