A Toyota está passando por um momento bem complicado e pode enfrentar um dos piores anos financeiros da sua história. O grande desafio que a montadora japonesa está enfrentando são as tarifas de importação que foram instituídas durante o governo de Donald Trump. Essa situação já está afetando bastante os números da empresa e a perspectiva para o próximo ano fiscal, que termina em março de 2026, é de uma queda significativa tanto no lucro líquido quanto no operacional.
A previsão é de uma redução de até 34,9% no lucro líquido e uma retração de 20,8% no operacional. Isso pode significar bilhões de dólares a menos nas receitas, e o cenário é ainda mais difícil com as vendas nos Estados Unidos, que embora estejam aquecidas, não conseguem equilibrar as perdas.
Num relatório financeiro mais recente, a Toyota informou que a estimativa de lucro operacional cairá de 4,8 trilhões de ienes para 3,8 trilhões, o que representa uma queda de cerca de 7 bilhões de dólares. Já o lucro líquido deve despencar para 3,1 trilhões de ienes, ou cerca de 21,5 bilhões de dólares.
Além dessas tarifas, a valorização do iene em comparação ao dólar vai gerar um impacto negativo de aproximadamente 745 bilhões de ienes, cerca de 5,1 bilhões de dólares. Para complicar, os custos com materiais também aumentaram, acrescentando mais 350 bilhões de ienes, ou 2,4 bilhões de dólares, à conta.
Apesar de todo esse cenário negativo, a Toyota tomou uma decisão inesperada: não vai repassar esses custos adicionais para os consumidores, pelo menos por ora. O diretor financeiro, Yoichi Miyazaki, afirmou que a montadora não adotará medidas como o aumento de preços, mesmo diante das tarifas.
Por outro lado, a empresa espera um aumento nas vendas na América do Norte de 8,8%, o que representa cerca de 2,94 milhões de unidades comercializadas. O CEO da Toyota, Koji Sato, reconhece que o momento é instável e que as tarifas ainda trazem incertezas, já que as políticas comerciais podem mudar a qualquer momento.
Além de tentar manter o foco nos Estados Unidos, onde possui uma clientela significativa, a Toyota também considera redirecionar veículos para outros mercados como uma solução temporária. Isso mostra que, mesmo sendo a maior montadora do mundo, a Toyota está lutando contra as incertezas que cercam o cenário econômico e político global. E, apesar da resiliência demonstrada, o próximo ano promete ser um verdadeiro desafio para a marca japonesa.
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