Volkswagen considera vender estúdio de design para reduzir custos

No início dos anos 70, a Volkswagen estava passando por uma transformação importante. Na verdade, essa mudança era vital para a sobrevivência da marca, que já havia conquistado o mundo com seus carros de motor traseiro e refrigerados a ar, como o famoso Fusca. Com o tempo, ficou claro que era necessário um novo modelo, mais prático e econômico. Assim nasceu o Golf, uma nova geração que marcaria a história da montadora.

Hoje, mais de 50 anos depois, a Italdesign, que desenhou o Golf nas mãos talentosas de Giorgetto Giugiaro, ainda é lembrada por suas criações incríveis. Esse estúdio italiano faz parte do grupo Volkswagen e é responsável por projetos icônicos, como o DeLorean DMC-12 e o Lancia Delta. Cada um desses carros tem uma história fascinante e atrai a atenção tanto dos apaixonados por automóveis quanto do público em geral.

Entre os sucessos da Italdesign também está o Fiat Uno, que, vamos combinar, é um clássico por si só. O Golf, o “carro do povo” na Europa, é um dos destaques, com mais de 50 milhões de unidades produzidas. Mas a novidade é que agora a Italdesign pode estar à venda, o que levanta algumas questões sobre o futuro da empresa e seu legado.

Recentemente, o jornal italiano Corriere Della Sera trouxe à tona uma informação preocupante: segundo Gianni Mannori, representante do sindicato Fiom Cgil, a Volkswagen estaria considerando a venda do estúdio. Isso gera apreensão, pois a Italdesign sempre foi um pilar importante da indústria automobilística na região.

Com cerca de 1.000 funcionários, a Italdesign é uma referência global em design automotivo. Seu histórico impressionante dá à empresa um valor de mercado significativo, graças ao talento e à reputação que conquistou ao longo dos anos. Há rumores de que a Volkswagen já começou a avaliar a sua estrutura, mas nenhuma confirmação oficial foi feita até o momento.

O que se sabe é que a Italdesign poderia cair nas mãos de uma montadora chinesa, buscando elevar o nível de design ocidental em seus produtos. É uma mudança que pode ser surpreendente, mas traz à tona a questão da globalização e das inovações que estão por vir nessa indústria que nunca para.